Estatísticas do FBI sugerem que dezembro seria o mês mais movimentado para as vendas de armas. Mas por quê? Em uma manhã fria de dezembro em Chantilly, no estado americano da Virgínia, a Blue Ridge Arsenal vibra como qualquer loja movimentada em fim de ano.
O ambiente é familiar: há música, uma árvore pisca, clientes se desejam Feliz Natal. Mas há algo de diferente. As luzes da árvore são feitas de cápsulas de balas. Quase não se escuta o rádio – o bangue-bangue das pistas de tiros, no fundo da loja, abafa qualquer som.
Os clientes da loja já sabem: para comprar armas em um revendedor oficial, é preciso passar por verificações de antecedentes. Desde o início deste sistema, em 2008, dezembro se tornou o mês mais movimentado nas lojas de armamento.
Mark Warner, o representante de vendas da loja, diz que a razão é óbvia. "São os presentes de fim de ano." Dar uma arma a alguém de presente de Natal pode parecer estranho para quem não nasceu nos Estados Unidos.
"Aqui, é o equivalente a dar diamantes", reage Mark.
"Tenho clientes que são marido e mulher. Ela ganha bolsas Louis Vuitton, ele ganha armas de fogo", diz. "É assim que se presenteiam."