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Argentina é o país mais seguro da América do Sul para se viver; veja a posição do Brasil

Índice Global da Paz mede 23 indicadores de 163 países, levando em consideração três grandes áreas de estudo: segurança e proteção social, conflitos internos e externos e militarização

Argentina é o país mais seguro da América do Sul para se viver; veja a posição do Brasil | Foto: Unsplash/Fernando Távora
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O Índice Global da Paz (GPI, na sigla em inglês) de 2025, elaborado pelo Instituto para Economia e Paz (IEP), classificou a Argentina como o país mais seguro da América do Sul. O levantamento avalia 163 nações com base em 23 indicadores quantitativos e qualitativos, organizados em três grandes categorias: segurança e proteção social, envolvimento em conflitos internos e externos, e grau de militarização. 

CRITÉRIOS AVALIADOS

Entre os critérios avaliados estão a taxa de homicídios, a quantidade de conflitos em andamento, o número de mortes por violência política, os gastos militares em proporção ao PIB, o total de refugiados e deslocados internos, o acesso da população a armas, a percepção pública sobre a criminalidade e o envolvimento do país em conflitos no exterior. 

AMÉRICA DO SUL APRESENTOU MELHORA

Ao contrário da tendência global de piora, a América do Sul foi a única região a apresentar melhora nos níveis de paz em 2025, com avanço médio de 0,59%. Oito dos 11 países analisados tiveram progresso, principalmente em segurança, proteção social e militarização, impulsionados por menos protestos violentos, maior estabilidade política e queda nos conflitos internos. 

ARGENTINA NA LIDERANÇA

A Argentina foi apontada como o país mais pacífico da América do Sul e ocupa a 46ª posição no ranking global, com pontuação de 1.768 — um avanço de cinco posições em relação ao ano anterior. O nível de paz no país aumentou 3,8 pontos, com deterioração apenas no indicador de financiamento às operações de paz da ONU. 

O relatório ressalta que, mesmo com as medidas de ajuste adotadas pelo governo do presidente Javier Milei, não houve agitação social ou protestos em larga escala, o que contribuiu para a estabilidade política. O estudo também aponta queda na percepção da criminalidade, nas taxas de homicídio e nas manifestações violentas. 

O Uruguai ocupa a segunda posição entre os países mais pacíficos da América do Sul, ficando em 48º lugar no ranking global, seguido pelo Chile, em 62º. Na sequência estão Paraguai (75º), Peru (96º), Guiana (106º), Equador (129º), Brasil (130º), Venezuela (139º) e Colômbia (140º). Apenas Bolívia, Equador e Venezuela apresentaram piora nos índices. 

O Peru foi o país sul-americano com maior avanço no nível de paz, registrando um aumento de 4,4% e uma redução significativa nos conflitos internos. Segundo o relatório, ao contrário dos anos de 2022 e 2023, não houve grandes protestos contra o governo, e o país avançou nas reformas institucionais e na recuperação econômica. 

A Colômbia foi o país menos pacífico da América do Sul pelo quinto ano seguido, com altos índices de homicídios, deslocamentos forçados e aumento das mortes em conflitos internos. A Venezuela também teve piora significativa, sendo a que mais regrediu no índice na região.

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