Uma criança de apenas seis anos de idade, quase ficou cega após uma reação alérgica raríssima a antibióticos. A probabilidade a reação acontecer é de 1 a cada 1 milhão de pessoas.
Após uma amigdalite, Declan recebeu um medicamento chamado amoxicilina e logo em seguida passou mal, desenvolvendo uma erupção vermelha por todo o corpo e uma temperatura corporal perigosamente alta de 41 ºC. Já no hospital, sua pele começou a empolar e descascar, fazendo-o gritar de dor. Declan foi levado para o departamento de tratamento intensivo no Hospital Royal para crianças, em Bristol, onde os médicos usaram a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) e lutaram para mantê-lo vivo.
Os pais de Declan ficaram aterrorizados. Após vários exames os médicos, disseram que ele poderia não sobreviver à condição e que a taxa de mortalidade seria de 30%.
Os médicos explicaram que o corpo de Declan estava queimando de dentro para fora e era preciso limpar a pele e mantê-lo hidratado, a fim de dar-lhe uma chance de vencer a doença. Ao longo dos dias, ele foi alimentado através de um tubo em seu nariz que lhe permitiu absorver os fluidos e proteínas que ele precisava.
O garoto foi colocado sob os cuidados da equipe de cirurgia plástica e queimaduras, e, diariamente, tinha curativos aplicados a sua pele para manter as feridas limpas e combater a infecção. Lentamente, ele recuperou sua força e depois de sete semanas no hospital, finalmente foi liberado para voltar para casa, ao lado de seus pais e seu irmão.
Porém, Declan foi deixado com sequelas. Ele teve problemas de visão permanentes como resultado da reação, e oftalmologistas têm alertado sua mãe que ele pode nunca mais recuperar a visão completa.
O cirurgião plástico do Hospital Royal Bristol para Crianças, Jon Pleat, disse: “Este foi um momento muito perigoso para Declan e um momento extremamente assustador para sua família. A única causa provável de sua doença foi o antibiótico. Dada a extensão de sua condição de uma em um milhão, ele teve a sorte de sobreviver. Este é um testemunho de sua personalidade forte, o apoio de sua família e os conhecimentos das muitas equipes que cuidaram dele no hospital”.
Logo após o susto, ele superou o problema e agora, mesmo sem poder abrir os olhos por conta de danos no revestimento de seus globos oculares, ele está bem e já frequenta a escola novamente.