Um grupo de cientistas que explorava uma cordilheira submersa no meio do Oceano Atlântico se deparou com algo estranho. Os pesquisadores identificaram uma série organizada de buracos perfurados no fundo do mar e, até agora, não têm pistas sobre a origem da trilha. As informações são do UOL.
A descoberta foi feita no sábado (23) por uma equipe da Agência Nacional e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). Os cientistas explicaram que os buracos encontrados nas profundezas se conectam em linhas quase retas, seguindo uma ordem, como se fossem desenhos. No entanto, os especialistas da agência ainda não sabem como esses buracos surgiram.
"Observamos vários desses conjuntos lineares de buracos no sedimento. Esses buracos foram relatados anteriormente na região, mas sua origem permanece um mistério", afirmou a NOAA.
A expedição pelo oceano atingiu profundidades de 2,7 km, enquanto os mergulhadores visitavam o cume de um vulcão submarino ao norte dos Açores, próximo da costa de Portugal. Uma câmera operada remotamente foi usada para registrar com segurança as descobertas.
As imagens mostram que os buracos foram encontrados em uma superfície arenosa plana. As atividades no local fazem parte da expedição Voyage to the Ridge 2022, que está explorando e mapeando as áreas de águas profundas da Zona de Fratura Charlie-Gibbs, da Dorsal Meso-Atlântica e do Planalto dos Açores, que ainda são desconhecidos para os especialistas.
"A Dorsal Meso-Atlântica se estende por 10 mil milhas de norte a sul e é considerada a maior cadeia de montanhas do mundo e uma das características geológicas mais proeminentes da Terra", explica a NOAA. "A maioria fica debaixo da água e, portanto, grande parte permanece inexplorada. Com a expansão tectônica ativa, o mar é o local de terremotos frequentes".
A agência também aponta outras características notáveis da área submersa: "Fontes hidrotermais podem se formar onde o magma fornece calor à medida que sobe para o fundo do mar. Estes respiradouros são conhecidos por sustentar diversas comunidades quimiossintéticas. No entanto, pouco se sabe sobre a vida nesses locais, uma vez que os respiradouros são extintos, ou que vida existe além deles".
Apesar de muitas novas descobertas, a origem da trilha continua sendo um mistério.