Juraci Rosa Damasceno, 50, ficou três anos preso em regime fechado e passou outros três anos aguardando a finalização de seu processo em liberdade até, em junho, ser absolvido de todas as acusações que pairavam contra ele. As informações são do UOL.
Damasceno foi acusado pelo MP (Ministério Público) e pela Polícia Civil de ter assassinado a ex-mulher, Damaris Nozaki de Moura, em julho de 2013. Ela foi encontrada em um terreno baldio na pacata cidade de São Miguel Arcanjo, a 145 km da capital paulista.
Assim que a polícia encontrou o corpo, Damasceno e o pai de Damaris foram juntos ao local e reconheceram a mulher. Trinta dias depois, policiais algemaram e prenderam Damasceno sob a suspeita de ter sido o autor do feminicídio.
Em um júri realizado em agosto de 2016, foi absolvido. A promotoria pediu anulação do julgamento, que voltou a ser feito em junho deste ano. Por falta de provas, o próprio MP deixou de acusá-lo no segundo julgamento.
Seu processo foi extinto e, agora, Damasceno não deve nada à Justiça. Mas a prisão tirou dele tudo aquilo que ele havia conquistado. Damasceno tinha uma fazenda onde colhia eucaliptos. Atualmente, colhe eucaliptos para outros fazendeiros. Sua renda mensal girava em torno de R$ 12 mil por mês. Agora, ganha R$ 1.000 mensais. Os bens que havia conquistado foram utilizados em gastos com advogados para provar sua inocência.