A história da primeira negra eleita no Brasil que criou o Dia do Professor - Nas redações e movimentos políticos

Antonieta de Barros (1901-1952), a primeira mulher negra a ser eleita no país, instituiu o marco para que os educadores passassem a ser vistos como importantes agentes de mudanças na sociedade. - Nas redações e movimentos políticos

Slide 3 de 6

Nas redações e movimentos políticos

Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Para ampliar os ideais educacionais pelos quais lutava, Antonieta começou a participar, em 1922, de movimentos políticos, ainda enquanto estudava na Escola Normal, com a atuação na militância Liga do Magistério, na qual se tornou a primeira secretária. Três anos depois, ela passou a participar da formação do Centro Catarinense de Letras (CCL), do qual tornou-se membro da diretoria.

Em 1926, assumiu o posto de escritora e jornalista, tornando-se uma das poucas mulheres que o faziam, principalmente no estado catarinense. A intenção de Antonieta era levar a mais pessoas as mudanças necessárias no Estado, como questões sociais, a necessidade de ações para crescimento educacional e redução do analfabetismo, e as definições dos papéis sexuais. Foi nessa época que ela, com o pseudônimo de Maria da Ilha, fundou o jornal A semana; além de contribuir para a Folha Acadêmica, O Idealista, Correio do Estado e O Estado.

Em um artigo publicado em outro veículo, o Jornal República, em julho de 1932, Antonieta fez duras críticas à falta de oportunidades de mulheres continuarem a formação estudantil em faculdades. “Há uma grande lacuna na matéria de ensino: a falta dum ginásio onde a mulher possa conquistar os preparatórios para ingressar no ensino superior. O elemento feminino vê, assim, fechados diante de si, todos os grandes horizontes”, frisou na publicação.

A educadora criticava a gestão de Irineu Bornhausen, que governava o Estado na época, ao afirmar que ele não estava preocupado em tornar a educação acessível a todas as pessoas. Foi para mudar o cenário educacional e de pequeno acesso que Antonieta se candidatou a uma cadeira na Assembleia Legislativa em 1934, pelo Partido Liberal Catarinense. Ela foi a primeira deputada estadual a ser eleita no estado após ter sido concedido o direito de voto às mulheres.

Carregue mais
Tópicos
SEÇÕES