Se você já sofre com dores de cabeça, não fique ainda mais estressado com esse dado: existem mais de 180 tipos de cefaleias (termo técnico). O estado emocional é um dos gatilhos para o problema, que também pode ser reflexo da falta de sono, uso de óculos com grau incorreto, exposição a ruídos, traumas por batidas, sintoma de alguma doença e, é claro, da enxaqueca.
Percebi os efeitos de dores intensas na cabeça nos últimos anos e recorri a um médico. Tamanha eram os efeitos e ficava de cama por horas. Apesar do receituário médico recomendar uma medicação para estresse, decidi não depender do fármaco e hoje vivo sem dor. Segundo a neurologista Rosana Ferreira, as cefaleias são divididas em primárias, que são as enxaquecas, e secundárias, que estão ligadas a um problema inicial, como os exemplos mencionados acima.
“Nos consultórios, (os casos) que mais recebemos são as enxaquecas. Se tratadas, as dores são abrandadas e conseguimos espaçar os surtos e as crises, que são muito intensas”.
Em um encontro com neurologistas na Philadelphia, nos Estados Unidos, foi apresentado um medicamento que previne a enxaqueca. Os testes foram positivos e a droga, aprovada pelo Food and Drug Administration, o FDA, órgão regulador norte-americano.
“No mês que vem, a medicação será lançada no Brasil. Essa substância é injetável e semelhante a uma caneta de insulina. Ela previne a dor por até um mês”.
Quando procurar ajuda?
Rosana diz que o campo das cefaleias é muito grande e orienta a população a ficar atenta aos sinais das dores. “Se for persistente, intensa e não cessar com analgésicos comuns, o indivíduo deve procurar um neurologista. Assim, a dor de cabeça será investigada para determinar qual o tipo de dor e o tratamento para resolvê-la”.
Estresse
De acordo com o neurologista Pedro Oscar Nassif, tem crescido o número de pacientes entre 13 e 40 anos com queixas de dores de cabeça. O médico acredita que fatores como depressão, angústia, ansiedade e insônia ajudam a entender esse dado e, também, a como orientar e tratar as cefaleias.