60% dos brasileiros não sabe o que é a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) e pouco mais de um em cada quatro pessoas apresentam um ou mais sintomas, mas não a relacionaram com a enfermidade. É o que revela a pesquisa “Mapa dos problemas digestivos do Brasil”, conduzida pela GFK e encomendada pela Takeda, farmacêutica com mais de 237 anos de história e líder de mercado na área de gastroenterologia. O levantamento ainda aponta que entre aqueles que conhecem a enfermidade (40% dos respondentes), são as mulheres (45%) que tem o maior conhecimento sobre a enfermidade em relação aos homens (34%).
De maneira geral, elas se mostram mais sensíveis do que os homens e se sentem mais incomodadas no dia a dia pelos sintomas. O percentual de mulheres que se queixam que o refluxo afeta muito o bem-estar é mais que o dobro do percentual de homens que faz a mesma declaração: 38% x 16%. Em uma escala de 0 (não afetou o bem-estar) a 10 (afetou muito o bem-estar), os principais incômodos, para ambos os gêneros, são ‘acordar no meio da noite’ (média de 6,97), sendo seguido pela gastrite (6,75). Já sentir gosto azedo ou amargo na boca é o sintoma que gera menos inconveniência nos pacientes (4,99).
Devido à desinformação, muitos tendem a achar que problemas gástricos se curam sozinhos. Cerca de um terço dos respondentes declara que ‘não faz nada e deixa a crise passar’, sejam os sintomas leves, moderados ou graves, e apenas 13% das pessoas que apresentam sinais mais acentuados procuram um médico especialista ou um pronto-atendimento. A grande questão é que não ir ao médico acarreta no tratamento inadequado e, possivelmente, traz consequências graves à saúde¹.
“É preciso esclarecer que estamos falando de uma doença crônica e não um sintoma e, por isso, ainda existam certas dúvidas. A Doença do Refluxo Gastroesofágico ocorre quando o fluxo de parte do conteúdo do estômago retorna para o esôfago. Este refluxo pode provocar vários sintomas, como a azia e a regurgitação. Em alguns pacientes dor torácica, faringite, tosse, asma brônquica, disfonia e pigarro também são manifestações da doença encontradas”, explica Dr. Décio Chinzon, doutor em Gastroenterologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).