O coração é a primeira estrutura a se formar no útero. "No começo, é basicamente um tubo", explica o cardiologista Rohin Francis. "Aquele tubo, por meio de um processo de dobradura de origami realmente incrível, eventualmente se torna o coração maduro." Desde muito cedo no desenvolvimento embrionário bate um coração primitivo.
Gradualmente, à medida que nos desenvolvemos no útero, ele se torna mais complexo, eventualmente formando a estrutura de quatro câmaras com a qual estamos familiarizados. Assim, quase desde o momento inicial até a morte está sempre batendo. É por isso que tão cedo na gravidez se pode ouvir o batimento cardíaco do feto - aquele som que costuma emocionar os pais durante as consultas de pré-natal.
E esse não é o único aspecto fascinante, diz o cardiologista. "Se você colocar uma cultura de células cardíacas em uma placa de Petri, mesmo algumas, elas não apenas começarão a bater espontaneamente, mas também sincronizarão umas com as outras." "Elas têm uma tendência intrínseca de pulsar." Para isso, as células precisam de muita energia.