1º sexta-feira 13 do ano com lua cheia pode ser perigosa, diz taróloga

Última sexta 13 de lua cheia foi em 2000, e só voltar a ocorrer em 2049.

| Reprodução
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Hoje é aquele dia para deixar qualquer supersticioso atento. Além desta sexta-feira cair no dia 13, a noite será de lua cheia — junção mística que ocorreu pela última vez em outubro de 2000, há quase 20 anos, e que voltará a acontecer só em agosto de 2049. Neste dia, há quem não saia de casa com medo de acontecer alguma coisa terrível na rua. Para algumas pessoas, cruzar com gato preto é sinal claro de mau agouro. Para outras, sal grosso e trevo de quatro folhas são itens certos. As informações são do EXTRA.

— Já quebrei espelho em casa e joguei fora na mesma hora. Com essas coisas não se brinca, não. Amanhã vou vestir minha camisa branca com a palavra "fé" estampada. É um dia de energias pesadas — conta a vendedora Rizelda Nascimento, de 34 anos, da Ledo 79.

Astróloga oficial do EXTRA, Glória Britho afirma que a junção entre a lua cheia e a sexta-feira 13 pode ser perigosa. Segundo ela, essa fase lunar emite mais energias e magnetismo sobre a Terra, provocando mais euforia e maximizando os sentimentos. Por isso, quem acredita na negatividade da data pode ter as sensações ampliadas.

— Se a pessoa emana de forma negativa nesta data, pode ser que isso seja ainda mais forte. No entanto, é uma lua adequada para expor as coisas boas que você quer e deseja, dar mais visibilidade aos projetos pessoais e aos sentimentos. O meu conselho é sair à rua com pensamentos mais otimistas para se sentir mais seguro e amparado. Há povos que acreditam que o número 13 é sinal de boa sorte.

Na Saara, tradicional centro comercial popular no Centro do Rio, um mascote chama a atenção de quem passa todo dia pela região. É o gato preto Tom, bichano de estimação do proprietário da Dimona, Luiz Blumberg, de 55 anos, na Rua Senhor dos Passos, que adora passear pelas ruas do comércio e, com carisma e doçura, tenta por fim ao estigma de que gatos pretos dão azar. Nos dias de frio, Tom veste o uniforme de vendedor confeccionado especialmente para ele.

— Ai, meu Deus! Amanhã (sexta-feira) é dia de esconder o meu bebê. Ainda há muito preconceito contra gato preto — lamenta a secretária Marlene Bravin Araújo, de 52 anos, que trabalha há 29 anos na loja e é a responsável por cuidar do Tom: — Ele me escolheu como cuidadora.

Mas há quem não acredite na influência da data. A vendedora Sheila Meire, de 24 anos, trabalha na loja Ledo 79 e sempre ouve amigos e familiares falarem sobre as superstições, como não passar embaixo de escadas ou evitar cruzar o caminho com gatos pretos, mas não dá ouvidos aos conselhos. Quem também não liga para a data é a comerciária Larissa Soares, de 22 anos, que se diz cética no assunto.

— Eu não acredito, mas respeito. Não faço simpatias, não leio horóscopo, não sou nada supersticiosa. A minha mãe sempre fala para eu desvirar o chinelo, eu faço mais por causa dela. Eu mesma não acredito em nada, sou bem cética quanto a isso.

Para tirar qualquer possibilidade mau agouro, a estudante universitária Aline Santos, de 21 anos, dá dicas valiosas para afastar o azar:

— Toma banho de sal grosso, passa umas essências pelo corpo, coloca uns patuás no corpo e sai de casa com o pensamento positivo lá em cima. Se tiver um trevo de quatro folhas na carteira, melhor ainda!

Histórias tentam explicar a origem da data

Há três versões que buscam explicar a origem da sexta-feira 13. A principal tem a ver com a criação da Ordem dos Cavaleiros Templários, no século 12. O grupo tinha a missão de proteger os cristãos que faziam a peregrinação a Jerusalém após sua conquista durante as Cruzadas (expedições militares organizadas nos séculos 11, 12 E 13. No entanto, a influência dos templários começou a incomodar o rei francês Filipe IV, que, em 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, inicou uma perseguição aos cavaleiros, presos e assassinados.

Outra história busca explicação na mitologia nórdica. Durante um jantar na morada dos Deuses (Valhalla), um espírito maligno surgiu e levou discórdia a 12 divindades que tinham sido convidadas para o evento. O jantar terminou com uma morte. Daí nasceu a crença de que convidar 13 pessoas para um jantar era problema na certa.

A última lenda vem da Escandinávia. Freyja, a deusa do amor e da beleza cujo nome deu origem a Friday (o “dia de Freyja”, sexta-feira em inglês) teria se transformado em bruxa quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo. Como forma de vingança, Freyja reunia-se às sextas-feiras com 11 bruxas e com o demônio, somando, ao todo, 13 seres que rogavam pragas sobre humanos.

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