Ao sair da reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governador Wellington Dias (PT) sinalizou que não haverá vacinação separadamente para apenas um Estado da federação, a vacinação será uniforme. Assim, a expectativa é que já no mês de janeiro o plano de imunização comece a ser destrinchado pelo país.
"Assim como a Fiocruz, o Butantan, vão seguir o Plano Nacional de Vacinação, queremos que SP tenha a vacina o mais rápido possível, e que o Governo adquira a vacina, conforme as regras valerão para SP e todos os Estados. Não haverá no Brasil para esse ou aquele estado separadamente, haverá um plano uniforme para todos os Estados da Federação", disse.
O gestou piauiense defendeu na reunião que nenhum estado vacine a população contra a Covid-19 sem que outras unidades da Federação façam o mesmo. A proposta do governador é evitar discriminação contra outros estados e permitir que a população de todo o país seja vacinada ao mesmo tempo.
Wellington pediu que o Ministério da Saúde coordene a vacinação no Brasil, de forma a evitar que os estados fiquem adotando medidas de imunização de forma separada, como aconteceu no início da pandemia, em que os governadores precisam negociar separadamente a compra de EPIs e respiradores.
“Se São Paulo anunciou que vai iniciar a imunização a partir de 25 de janeiro, então o governo federal tem que garantir que outras unidades da Federação também tenham as mesmas condições”, reclamou Dias.
O governador solicitou ainda que o Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceda uma licença especial para os laboratórios que fabricam vacinas que já foram autorizadas pelas agências reguladoras de outros países, como a fabricante Pfizer, que já está sendo aplicada no Reino Unido e está prestes a ser autorizada pelos órgãos sanitários dos Estados Unidos.
A idéia que é que uma vacina aprovada em países do exterior consiga em 72 horas numa autorização especial para ser usada no Brasil.
De acordo com o governador, o Piauí tem condições de iniciar a vacinação assim que os imunizantes forem adquiridos. "O Piauí estará contemplado no Plano Nacional de Imunização, e já há um plano estratégico, com isso já há condições recebendo a vacina seja em dezembro, janeiro, fevereiro, começar a vacinação", sinalizou.
Governadores que vacinas contra a Covid-19 que conseguirem registros em agências internacionais deverão ser liberadas para uso emergencial no Brasil.
Segundo os governos estaduais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) terá 72 horas para se manifestar sobre essa liberação.
Pazuello prevê vacina de Oxford registrada no fim de fevereiro
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta terça-feira (8) a governadores que a previsão é a de que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca tenha o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim de fevereiro.
Em reunião com os governadores no Palácio do Planalto, Pazuello foi questionado sobre o em que etapa está o desenvolvimento do imunizante. O Ministério da Saúde anunciou em junho a parceria para a pesquisa e produção nacional da vacina, em parceria com a universidade e a farmacêutica.
De acordo com Pazuello, a "vacina de Oxford" está em fase e conclusão da fase três dos testes. Na sequência, o processo deve ser submetido à Anvisa, que avaliará se pode conceder o registro. Segundo o ministro, esses documentos devem ser enviados à agência até o fim deste mês. "Se houver recomendações incompletas, para o relógio [...] Se isso acontecer, nós só vamos ter registro efetivo da AstraZeneca final de fevereiro, mesmo que tenham chegado as 15 milhões de doses em janeiro. A Anvisa ela seguirá dentro dos seus critérios técnico, com certeza ela vai fazer o mais rápido possível”, explicou Pazuello.