A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou na noite deste sábado (27) que suspendeu os prazos de análises do pedido de uso emergencial da vacina russa Sputnik V. Conforme a agência, a medida foi tomada devido à ausência de documentos. As informações são do G1.
O 2º pedido de uso emergencial da Sputnik foi feito na sexta-feira (26) pelo laboratório União Química. Após o registro do pedido, a agência teria até 7 dias para a conclusão da análise, caso os técnicos da organização não apresentassem nenhum questionamento em relação ao material apresentado.
Em nota, a Anvisa informou que os prazos foram suspensos porque não foram entregues "documentos considerados importantes para a análise".
"Conforme previsão legal, houve a suspensão da contagem dos prazos, até que a empresa apresente as informações descritas como 'não apresentado' no painel divulgado", continuou a agência na nota. Não foram descritos quais dados deixaram de ser entregues.
Apesar da suspensão do prazo, a Anvisa informou que continua a análise das demais informações apresentadas pela União Química.
Antes do novo pedido, a agência havia informado no início desta semana que precisava ter acesso aos dados brutos dos testes da vacina, um requisito para o pedido de uso emergencial no país.
Vacinas autorizadas
Até o momento, o país tem usado apenas duas vacinas contra Covid-19, a CoronaVac, produzida em parceria com o Instituto Butantan, e a AstraZeneca/Oxford.
A vacina da Pfizer já obteve registro definitivo pela Anvisa e foi comprada pelo governo, mas a entrega do primeiro lote ocorrerá apenas em abril. A vacina russa Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, foi autorizada para uso emergencial pelo governo russo antes mesmo do fim dos estudos clínicos.
A vacina já foi aprovada para uso na Argentina e em outros países da América Latina. O Ministério da Saúde anunciou um acordo para comprar 10 milhões de doses desta vacina para integrar o Plano Nacional de Imunização. Além disso, governadores do Consórcio do Nordeste anunciaram a assinatura de compra de mais 37 milhões de doses da vacina russa.