O estado de São Paulo anunciou nesta sexta-feira que vai retornar à fase vermelha da quarentena a partir da próxima segunda-feira (12). A medida vai permanecer em vigor até o dia 18 de abril.
A mudança ocorre após o estado registrar apenas uma ligeira queda na taxa de internação dos leitos de UTI, que segue em patamares altos, acima de 88%.
Na prática, a mudança permite o retorno das atividades presenciais nas escolas das redes públicas e privadas, desde que autorizadas pelas prefeituras, além da abertura de alguns serviços essenciais que estavam vetados e de competições esportivas profissionais.
O QUE MUDA
Escolas poderão receber alunos presencialmente desde que autorizadas pelas prefeituras; rede estadual retoma dia 14 de abril.
Competições esportivas profissionais, com o Campeonato Paulista de Futebol, que poderão ser realizados a partir deste sábado (10), sem torcida
Serviços de retirada dos restaurantes e funcionamento de lojas de material de construção, embora já estivessem permitidos por meio de liminar judicial, agora passam a ser autorizados pela gestão estadual.
O que permanece:
Proibição de cultos religiosos presenciais.
Recomendação de teletrabalho
Recomendação do escalonamento de horários alternados para os setores de serviços, do comércio e da indústria.
Toque de recolher das 20hs00 até as 5h
O governo aceitou os novos protocolos elaborados pelo Ministério Público Estadual e pela Federação Paulista de Futebol e liberou a retomada do Campeonato Paulista.
O funcionamento de bares, restaurantes, academias, salões de beleza, além de celebrações religiosas presenciais, seguem vetados.
Foi mantido, ainda, o toque de restrição das 20h às 5h. O cumprimento da restrição de circulação continua a ser fiscalizado por uma força-tarefa composta por integrantes das vigilâncias sanitárias, Polícia Militar e Procon.
A gestão estadual decidiu não prorrogar novamente a fase emergencial, em vigor desde o dia 15 de março. Quando anunciada, a medida deveria permanecer até o dia 30 de março, mas foi estendida até domingo (11).
Escolas
Embora tenha mantido a educação como serviço essencial, e permitido o funcionamento com 35% da capacidade das escolas, a gestão estadual manteve a prioridade para o ensino remoto durante toda a fase emergencial.
Na rede estadual, o governo antecipou os recessos de abril e outubro para o período de 15 a 28 de março. Nas cidades que optaram pela antecipação de feriados municipais, as aulas voltaram de forma online no dia 5 de abril.
A partir do dia 14, entretanto, conforme anunciado nesta sexta (9), a rede estadual volta a receber alunos presencialmente.
Na capital paulista, a Prefeitura de São Paulo já havia anunciado que as escolas poderiam retomar as atividades presenciais a partir do dia 12 de abril caso a gestão estadual não prorrogasse novamente a fase emergencial.
O que pode funcionar na fase vermelha?
Escolas e universidades
Hospitais, clínicas, farmácias, dentistas e estabelecimentos de saúde animal (veterinários)
Supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres
Delivery e drive-thru para bares, lanchonetes e restaurantes: permitido serviços de entrega
Cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção
Empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos
Serviços de segurança pública e privada
Construção civil e indústria
Meios de comunicação, empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens
Outros serviços: igrejas e estabelecimentos religiosos, lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica e bancas de jornais.
O que não pode funcionar na fase vermelha:
Academias
Igrejas e atividades religiosas
Salões de beleza
Cinemas
Teatros
Shoppings
Lojas de rua
Concessionárias
Escritórios
Parques
Clubes