Na manhã da sexta-feira (31), a Fundação Municipal de Saúde (FMS) reuniu profissionais da rede hospitalar e do SAMU de Teresina para tratar sobre surgimento do novo tipo de coronavírus o 2019 nCoV, que já causou a morte de mais de 200 pessoas. O vírus, que teve o primeiro caso notificado em dezembro do ano passado, tem alertado autoridades de saúde em todo o mundo.
A reunião com os profissionais no auditório da Diretoria de Atenção Especializada (DAE) da FMS teve o intuito de capacitar os agentes caso surjam casos suspeitos na capital.
"Estamos aqui para informar até onde a gente vai poder ter condições de atender ou internar, se necessário. Nós temos o Hospital Natan Portela, que é referência, mas se a epidemia entrar, ele não vai dar conta", disse Amparo Salmito, diretora de Vigilância em Saúde.
Amparo explicou que deve ser feito um roteiro de solicitação de materiais caso a epidemia chegue ao estado. "Eles também vão passar para os colegas de unidade noções sobre a infecção respiratória causada pelo coronavírus", destaca.
A orientação do Ministério da Saúde é que os responsáveis pela saúde pública de cada munícipio sensibilizem todos os profissionais dos hospitais.
"Caso entre algum caso suspeito é necessário recorrer à vigilância para informar como se deve proceder com o caso e se deve ser feito isolamento ou iniciar tratamento. Também cabe orientar aos profissionais quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como máscaras e aventais", disse Jesus de Mousinho, diretora de Assistência Especializada da Fundação Municipal de Saúde.
Os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos há 60 anos. Causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, são doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS).