Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviaram nesta terça-feira um ofício ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cobrando explicações sobre o cronograma de vacinação contra a Covid-19. Lira e Pacheco questionam se o cronograma apresentado na semana passada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, está mantido e pedem explicações caso ele tenha sido alterado.
No ofício, eles citam a "urgência que nos impõe a pandemia", devido à "crescente taxa de óbitos por dia", pedem para a resposta ser enviada em até 24h, para que a Câmara e o Senado "possam adotar as providências cabíveis no combate à pandemia".
Caso tenha havido alteração, os dois pedem a apresentação de um novo calendário de vacinação e questionam as razões para as alterações. Lira e Pacheco também querem saber "os principais obstáculos enfrentados neste momento para que o cronograma vigente seja cumprido".
Os presidentes da Câmara e do Senado também querem saber o cronograma de produção e de envio de vacinas pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan. Eles ainda questionam sobre a aquisição de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) e perguntam se há risco de falta de insumos e quais os entraves que o ministério tem encontrado na aquisição de importação.
Lira faz 'apelo' a China
Também nesta terça-feira, Arthur Lira enviou uma carta ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. Nela, faz um "apelo" para que os chineses "tenham um olhar amigo, humano, solidário e nos ajudem a superar a pandemia, oferecendo os insumos, as vacinas, todo o apoio que este grande parceiro da China precisa neste grave momento".
Após atritos do governo federal com a China, e com Wanming em particular, Lira afirma que "o governo brasileiro não é apenas o Executivo, mas também o Legislativo e o Judiciário" e que, como presidente da Câmara, "gostaria de reafirmar os compromissos permanentes com o governo da República Popular da China".
"Faço esse apelo para que salvemos vidas de brasileiros, brasileiros que alimentam e salvam vidas de chineses com nossa produção agrícola", escreve Lira.