A Prefeitura de Teresina informou, nesta quarta-feira (16), que seguirá com o plano de flexibilização gradual das medidas de contenção contra a Covid-19, instituído pelo Decreto Municipal nº 22.220. Segundo o orgão, a decisão é baseada na recomendação científica do Centro de Operações Emergenciais (COE) da Fundação Municipal de Saúde (FMS). Confira a nota completa.
Em nota, a prefeitura afirmou que o plano não contraria as recomendações do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, que exige cautela e base em evidências claras. "O plano de flexibilização apresentado pela PMT cercou-se de toda cautela possível, pois programou a flexibilização inicial em quatro etapas semanais, tendo como condição necessária para o prosseguimento entre elas a permanência do município na faixa de baixa transmissão de COVID-19", diz a nota.
A nota reitera como o cronograma de flexibilização em etapas funciona e afirma que as recomendações encontram eco nas diretrizes recentes e atualizadas do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (fevereiro/2022), da Organização Mundial de Saúde (dezembro/2021) e da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ, março/2022).
"O município de Teresina dispõe de evidências claras que a disseminação local do vírus está controlada. As coberturas vacinais com primeira dose aproximam-se de 100% da população-alvo e ultrapassam os 90% com esquema vacinal completo. Há várias semanas a estratificação de risco de transmissão na cidade está no nível baixo (verde). Na última semana epidemiológica, foi registrado o menor número de casos confirmados da doença desde o início da pandemia, em abril/2020, a despeito de testagem bem mais ampla", disse o COE municipal.
Decisão da PMT diverge da do COE estadual
A decisão da prefeitura municipal diverge do recente informe do Comitê de Operações Emergenciais do Piauí (COE-PI) decidiu por manter o uso de máscaras em todos os ambientes do estado. A decisão foi tomada em reunião realizada na noite desta terça-feira (15).
Para o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, a recomendação do COE segue critérios científicos e são feitas após análises de dados criteriosos da situação da pandemia. “Este é um momento de prudência. Vivemos em um mundo globalizado e hoje já vemos casos de novas variantes (Deltacron) crescendo na Europa e já com dois casos no Brasil. Então nosso comitê estadual decidiu deixar para daqui a 15 dias uma nova decisão sobre a retirada ou não do uso de máscara, decisão também proferida pelo Comitê do Nordeste”, destaca.