A aeronave da Força Aérea Brasileira com os nove pacientes remanejados de Manaus (AM) com Covid-19 chegou no Aeroporto Senador Petrônio Portella, na zona Norte de Teresina, por volta das 11h30 desta sexta-feira (15). O diretor da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, afirmou na manhã desta sexta, que inicialmente seriam 30 pacientes vindos de Manaus, mas diminuiu por conta da disponibilidade de vagas ofertadas por outras cidades mais próximas.
O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, foi até o Aeroporto aguardar a chegada do avião com pacientes diagnosticados com covid-19 para serem internados no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí HU-UFPI. Sobre o estado de saúde dos pacientes, o superintendente do HU, Paulo Márcio, disse que dois pacientes estão mais graves e foram encaminhados prontamente para a UTI. “Eles estão bem, graças a Deus e respirando normalmente através de um suporte de oxigênio, mas conscientes, lúcidos, medicados e já foram avaliados por nossa equipe. Os outros sete pacientes estão com algum grau de gravidade, mas eles não precisam de UTI; ficaram em uma unidade semi intensiva", disse.
Pelo menos 11 ambulâncias foram disponibilizadas para o transporte dos pacientes ao Hospital Universitário (HU), sendo duas avançadas, seis de suporte intermediário e três de suporte básico, que irão transportar os pacientes até o HU, além de equipe de triagem, oxigênio, máscaras e cadeiras de rodas.
A maioria dos pacientes que chegaram de Manaus em Teresina é de homens, com comorbidades e idades entre 45 e 65 anos. Na mesma aeronave que trará os pacientes e retornará a Manaus, Teresina enviará de volta os cilindros de oxigênio recarregados, para ajudar a capital amazonense no suporte aos pacientes.
"Estamos preparados, não só com o espaço, mas com o corpo técnico e cientifico da melhor qualidade possível, esperamos que não precise mais, mas se precisar Teresina ainda tem espaço para receber nossos coirmãos", afirmou Dr. Pessoa.
As transferências ocorrem em meio ao colapso do sistema de saúde amazonense, após recorde das internações por Covid-19 e com uma nova variante do coronavírus circulando no estado. Hospitais do estado ficaram sem oxigênio para pacientes. Foram registradas na quinta-feira (14) cenas de médicos transportando cilindros nos próprios carros para levar ao hospital e familiares tentando comprar o insumo. Cemitérios estão lotados e instalaram câmaras frigoríficas.
Entenda o caso
Equipes do Ministério da Saúde estão em Manaus remanejando os pacientes para as cidades brasileiras que têm suporte em saúde para recebê-los. Ao todo, 30 pacientes estavam previstos para chegar às 13h no Aeroporto Senador Petrônio Portella, em avião da Força Aérea Brasileira. No entanto, houve um problema no abastecimento do avião e o voo foi adiado para às 18h. Logo depois a Fundação Municipal de Saúde (FMS) recebeu a informação do Ministério da Saúde de que o avião da Força Aérea Brasileira não iria decolar ontem (14) de Manaus com pacientes com COVID para ser internados em Teresina. O avião não realizou voo por falta de oxigênio suficiente para a remoção dos pacientes com segurança.
Na madrugada de quinta, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, entrou em contato com o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, informando que enviaria os pacientes com o vírus para Teresina. “Já organizamos a logística de recebimentos dos pacientes. Ambulâncias avançadas, equipe de triagem, oxigênio, máscaras, cadeiras de rodas, apoio de transporte. O Hospital Universitário irá receber os pacientes”, informou Gilberto Albuquerque.
Inicialmente Teresina receberia 30 pacientes de Manaus com chegada prevista para 13h de quinta-feira (15). Logo em seguida, o voo foi adiado para 18h devido a problemas na logística do abastecimento de oxigênio da aeronave. Com dificuldades, o voo foi remarcado para meia noite, mas acabou não acontecendo.
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