Uma nova vacina para combater a Covid-19 será testada no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quinta-feira (8), a realização de testes na fase 3 (última etapa) do imunizante desenvolvido pela biofarmacêutica Medicago R&D Inc, do Canadá, e pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK). O ensaio clínico aprovado para ser realizado no Brasil envolverá 3,5 mil voluntários a partir de 18 anos e deve acontecer também no Canadá, Estados Unidos, América Latina, Reino Unido e Europa. Ao todo, o estudo deverá envolver 30 mil voluntários.
Segundo o órgão, a potencial vacina usa tecnologia de partícula semelhante ao coronavírus e é aplicada em duas doses com intervalo de 21 dias entre elas. Até o momento, não foi informado sobre a data Ainda não há data para o início dos testes, que depende de aprovação no Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) – órgão do Ministério da Saúde responsável pela avaliação ética de pesquisas clínicas – e da organização dos pesquisadores para recrutamento dos voluntários.
Entenda como funciona
Os participantes deverão receber uma dose única da vacina ou um placebo (substância inativa), para servir de grupo controle. A determinação de quem recebe a vacina ou o placebo será feita de forma aleatória (randomizada), e será do tipo "cego para observador", quando os voluntários ou os pesquisadores não sabem quais pessoas receberam qual substância.
Vacinas testadas no Brasil
Este é o quinto estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa. Os estudos aprovados anteriormente foram:
- 2 de junho de 2020: ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a empresa AstraZeneca.
- 3 de julho de 2020: vacina da Sinovac Research & Development Co Ltd, e parceria com o Instituto Butantan,
- 21 de julho de 2020: vacina da Pfizer/BioNTech
- 18 de agosto de 2020: a vacina da Janssen-Cilag/Johnson
As vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca/Oxford já obtiveram registro definitivo de uso junto à Anvisa. Já a CoronaVac e a vacina da Johnson/Janssen têm autorização para uso emergencial. Atualmente, o Plano Nacional de Imunização (PNI) usa duas vacinas na população brasileira: CoronaVac e Oxford.