Média de enterros diários cresce 80% em 15 dias em Manaus

O mês de dezembro foi o terceiro do ano com o maior número de sepultamentos, com 1.081 enterros

Manaus | Divulgação
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Em 15 dias, a média de enterros diários em Manaus cresceu 80%, de acordo com dados da Prefeitura. A capital, que sofre com hospitais lotados por conta de um novo surto da Covid-19, também registra aumento de mortes em casa e filas de carros funerários em cemitério.

Até esta terça-feira (5), das mais de 5,4 mil mortes pela Covid-19 em todo o Amazonas, mais de 3,4 mil foram registradas em Manaus. A capital vivenciou colapso nos sistemas funerários e de saúde entre abril e maio, por conta da doença, e ficou com o número de mortes 108% acima da média histórica.

Entre os dias 22 e 26 de dezembro, a média diária de enterros era de 40. Nos últimos cinco dias do ano, essa média subiu para 56, e saltou para 72 nos cinco primeiros dias de 2021.

Em meados de dezembro, a média de enterros em Manaus era 30. Com mais de 50 enterros diários realizados desde o dia 28, a capital voltou a registrar um pico de sepultamentos: foram 91 apenas na terça-feira (5).

Dos 843 sepultamentos realizados no período, 229 mortes foram causadas pelo novo coronavírus.

O mês de dezembro foi o terceiro do ano com o maior número de sepultamentos, com 1.081 enterros, atrás apenas de abril (2.433) e maio (1.899), considerados os meses de pico da pandemia no Amazonas. No dia 26 de abril, a capital registrou o maior número de sepultamentos da pandemia, foram 140 enterros em um único dia.

Os dados também mostram um aumento no número de mortes em casa. Entre 22 e 26 de dezembro, foram 31 registros. Entre 27 e 31 de dezembro, esse número subiu para 60. De 1º a 5 de janeiro, foram enterradas 56 pessoas que morreram em casa. O pico de óbitos em domicílio foi registrado em abril, com 611 casos.

Média de enterros volta a crescer em Manaus 

Amazonas entra na fase roxa da pandemia e FVS aponta 'alto risco'

Diante do avanço da Covid-19 no Amazonas, o Estado entrou na fase roxa na pandemia, que representa alto risco, de acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS). A informação foi divulgada durante reunião entre representantes do Ministério da Saúde e representantes do Governo do Estado.

Segundo a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, a situação é avaliada como de alto risco, em decorrência do aumento no número de casos, internações e óbitos pela doença.

"A nossa análise de risco está apontando que nós estamos num nível muito alto, de muito alto risco, portanto, nós saímos da fase vermelha e estamos na fase roxa. Nós tivemos um crescimento entre novembro e dezembro de 120% do número de casos em Manaus, onde nós passamos de 1.573 casos pra 3.452 casos (...) hoje nós temos uma média móvel de 700 casos novos todos os dias", disse.

Por meio de nota, a FVS-AM informou ao G1 que ainda está finalizando a consolidação dos dados por indicadores da matriz de risco, e que eles serão divulgados pelo Governo do Estado do Amazonas nos próximos dias, com mais detalhes sobre o que será feito na fase roxa.


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