Líderes do G20 preveem 70% da população mundial vacinada até metade de 2022

Nesta sexta-feira, no mesmo sentido, a Cruz Vermelha e a Organização das Nações Unidas (ONU) voltaram a fazer um apelo para que o G20 ajude a impulsionar a distribuição igualitária das vacinas no mundo.

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O rascunho da declaração final da cúpula do G20, que será realizada entre os dias 30 e 31 de outubro em Roma, deve prever o compromisso de vacinação de 70% da população mundial até a metade de 2022, conforme os documentos que a ANSA teve acesso nesta sexta-feira (29).

"Para ajudar a atingir os objetivos globais de vacinar ao menos 40% da população de todos os países até o fim de 2021, e 70% até a metade de 2022 [...] o G20 tomará iniciativas para acelerar o fornecimento de vacinas e produtos médicos essenciais, com a remoção de vínculos financeiros", diz um trecho do texto.

Vacinação contra a Covid-19 (Foto: reprodução)

Um dos pontos mais discutidos é se a meta deste ano será mantida, já que "há pouco tempo à disposição". Mas, os representantes afirmam que o texto trará que a meta de 2022 deve ser aplicada a todos os países, independente de sua condição de riqueza, e não como uma "média global".

De qualquer maneira, fontes do Ministério da Saúde da Itália ressaltam que o texto já é um avanço do que havia sido previsto no ano passado, quando o percentual discutido era menor e focado mais nos países mais ricos.

O tema da aceleração da vacinação contra a Covid-19 no mundo vem sendo bastante citado por organizações mundiais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que critica que os países mais pobres do mundo têm baixíssimos índices de imunização - o oposto dos mais ricos.

Nesta sexta-feira, no mesmo sentido, a Cruz Vermelha e a Organização das Nações Unidas (ONU) voltaram a fazer um apelo para que o G20 ajude a impulsionar a distribuição igualitária das vacinas no mundo.

"Por conta da abertura do G20, e unidos à ONU, nós queremos lançar um forte apelo da humanidade aos líderes de todo o mundo. A distribuição justa as vacinas é uma prioridade política, moral e econômica que, até agora, foi amplamente esquecida. Chegou o momento de agir", disse o presidente da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha (IFRC) e da Cruz Vermelha Italiana, Francesco Rocca.

Segundo os dados atualizados do portal Our World in Data, que acompanha a imunização em tempo real no mundo, apenas 3,3% da população dos países de baixa renda receberam ao menos uma dose das vacinas disponíveis contra o coronavírus Sars-CoV-2.

Puxados pelos números dos países ricos, o site destaca que 49,1% da população mundial já recebeu ao menos uma dose das fórmulas disponíveis.

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