Em sua primeira ação como presidente eleito dos EUA, o democrata Joe Biden anunciou nesta segunda-feira os nomes que farão parte de uma equipe de conselheiros que ajudarão o novo governo a implementar uma estratégia para enfrentar a covid-19. Entre os membros anunciados está a brasileira Luciana Borio, segundo comunicado do governo de transição.
Borio é pesquisadora sênior de saúde global do Conselho de Relações Exteriores dos EUA, ex-diretora de preparação médica e de biodefesa do Conselho de Segurança Nacional do país e ex-cientista-chefe interina da FDA (Food and Drug Administration, na sigla em inglês), órgão equivalente à Anvisa .
"Lidar com a pandemia do coronavírus é uma das batalhas mais importantes que nosso governo enfrentará e serei guiado pela ciência e por especialistas", afirmou Biden no comunicado.
Segundo o presidente eleito dos EUA, o conselho consultivo "ajudará a moldar a abordagem para gerenciar o aumento nas infecções relatadas; garantir que as vacinas sejam seguras, eficazes e distribuídas de forma eficiente, equitativa e gratuita; e proteger as populações em risco".
A liderança do time será dividida por David Kessler, comissário da FDA, a agência de medicamentos e alimentos, nos governos de George H.W. Bush e Bill Clinton, Vivek Murthy, cirurgião-geral nos mandatos de Barack Obama, e Marcela Nunez-Smith, professora e especialista em saúde pública na Universidade de Yale.
Além dos três, farão parte da equipe Beth Cameron, que ajudou a criar uma estratégia de combate a pandemias durante o governo de Obama, e Rebecca Katz, que assessorou a campanha de Biden na elaboração de propostas para enfrentar a doença.
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Um dos nomes que mais chamou a atenção na equipe de Biden é o de Rick Bright, diretor durante o governo de Donald Trump da Barda, a agência do governo americano responsável por pesquisas biomédicas avançadas e o desenvolvimento de vacinas. Ele saiu do governo por discordar das pressões do presidente para que a cloroquina fosse usada no combate à pandemia. Bright também denunciou que a Casa Branca recebeu alertas sobre os riscos da covid-19, mas os ignorou.