Um dia após o anúncio da liberação de 4 mil litros de matéria-prima para retomar a produção da Coronavac, o Ministério da Saúde foi informado de que haverá redução no lote previsto. O governo da China avisou na terça-feira (18) ao Instituto Butantan que vai enviar no próximo dia 26 de maio apenas 3.000 litros de insumos para a produção, o que é suficiente para produzir 5 milhões de doses do imunizante.
A quantidade confirmada pelos chineses será de mil litros a menos do que o anunciado ontem (17) pelo Instituto Butantan e pelo governo de São Paulo. Ao todo, o contrato com a Sinovac prevê a liberação de 10 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), o que permitiria produzir 18 milhões de aplicações.
Com a redução no quantitativo da matéria-prima, o Butantan fez um novo cálculo para a entrega de vacinas ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) e, agora, prevê ofertar 5 milhões de doses do imunizante, não mais 7 milhões, como previsto no começo da semana.
A redução frustou os diretores da entidade que ainda trabalham para conseguir reverter a decisão junto as autoridades chinesas.
A produção da Coronavac está paralisada desde quarta-feira (12) por causa da falta dessa matéria-prima e vem afentando a campanha de vacinação prevista para os meses de maio e junho. A Coronavac é a vacina contra a covid-19 mais utilizada no país.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tem negado a possibilidade de “entrave diplomático” com a China e a área técnica da pasta credita os atrasos ao avanço da vacinação no país, o que pode ter gerado escassez de insumos para o exterior.