Dose de reforço evita mortes por Covid-19 no Piauí, diz Sesapi

Um levantamento traça um paralelo entre óbitos e internados pela Covid-19 no Piauí com o esquema vacinal da população.

secretário de Saúde, Florentino Neto | Divulgação
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Um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde(Sesapi) junto aos hospitais da rede estadual traça um paralelo entre óbitos e internados pela Covid-19 no Piauí com o esquema vacinal da população. A análise, segundo o secretário de Saúde, Florentino Neto, revela de forma incontestável que a dose de reforço protege contra a forma grave da Covid-19.

O número de pessoas internadas apenas com a primeira dose da vacina é de 43%. Com as duas doses de vacina, o número cai para 38%. Já os internados com a dose de reforço, somam 14%.

“As internações e óbitos entre as pessoas com a terceira dose se concentram, principalmente, entre idosos com comorbidades. A grande maioria não está vacinada ou está com o ciclo vacinal incompleto”, destaca Florentino.

Secretário de Saúde, Florentino Neto

Controle da doença

A conclusão é a mesma divulgada por diversos pesquisadores ao longo da pandemia: a campanha de imunização é a principal forma de controle da Covid-19. “Estes dados demonstram de forma sólida que a dose de reforço é fundamental para evitar o agravamento da doença. Por isso, peço que as pessoas completem a sua imunização e tomem a dose de reforço no intervalo adequado”, destaca o secretário.

Herlon Guimarães, Superintendente de Atenção à Saúde,  lembra que os idosos, mais vulneráveis às formas mais graves de Covid-19, precisam desta blindagem adicional contra o coronavírus. " O potencial de mortes aumenta a medida que a população está descoberta sem vacina e com apenas uma ou duas doses. O indicador de internações e óbitos cai com o esquema vacinal completo com a dose de reforço. Não tem o que discutir”, afirma.

Cobertura vacinal

O Piauí vem aplicando a dose de reforço na população desde setembro. Até o momento, apenas 29,65% da população tomou a dose de reforço e 457.648 piauienses a partir de 18 anos não compareceram aos postos para tomar a terceira dose da vacina, que deve respeitar um intervalo de quatro meses contados a partir da data de recebimento da segunda dose dos imunizantes da AstraZeneca, Pfizer ou Coronavac. 

A única exceção é para a vacina da Janssen, já que a indicação é que o reforço aconteça dois meses após a dose única. “As pessoas que tiveram Covid-19 recentemente devem esperar 30 dias para tomar o reforço”, orienta Herlon Guimarães.

A cobertura vacinal no Piauí é destaque nacional. O estado ocupa o segundo lugar nacional no ranking dos estados que mais vacinaram e o primeiro lugar no Nordeste. Cerca de 96,17% da população elegível a vacina  já tomou a primeira dose e 84,29% dos piauienses tomaram as duas doses da vacina.

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