O ex-governador e ex-prefeito de Cuiabá, Frederico Campos, de 93 anos, morreu nesta segunda-feira (1°), após nove dias internado com Covid-19 em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Cuiabá.
Frederico Campos recebeu a primeira dose da vacina uma semana antes de ser internado no dia 20 de fevereiro. De acordo com a família, a internação foi necessária por causa da idade do ex-governador.
Ele estava acordado e lúcido. No entanto, o quadro de saúde se agravou e Frederico morreu nesta madrugada. O sepultamento acontecerá nesta segunda-feira (1°). Embora o ex-governador tenha tomado a primeira dose da vacina contra a Covid-19, a imunização acontece em duas etapas, conforme recomendado pelo órgãos de saúde.
O governo de Mato Grosso lamentou a morte, por meio de nota. O governador Mauro Mendes irá decretar luto oficial de três dias, que será publicado no Diário Oficial do Estado.
Segundo Mauro Mendes, Frederico deixa um legado na política e na história de Mato Grosso. Ele foi o segundo governador do estado, após a divisão com Mato Grosso do Sul, em 1977.
“É com grande tristeza que recebemos a notícia da morte do ex-governador Frederico Campos. Mesmo sem cargos públicos, nos últimos anos, nunca se afastou da política e sempre tinha um conselho, uma orientação, para aqueles que estavam começando. Eu e minha esposa desejamos força neste momento de luto à toda família.”, diz trecho da nota.
Trajetória
Frederico nasceu em Cuiabá, em 11 de abril de 1927 e foi prefeito da capital mato-grossense por duas vezes, além de secretário de Obras do estado entre 1975 e 1978.
Foi nomeado prefeito de Cuiabá pelo governador Pedro Pedrossian entre 1967 e 1969.
Em 1988, venceu sua primeira eleição direta ao ser eleito prefeito de Cuiabá pelo PFL. Apesar do sobrenome, não possui qualquer relação de parentesco com Júlio Campos.
Foi também governador de Mato Grosso entre os anos de 1979 e 1983, indicado pelo ex-presidente da República, general Ernesto Geisel, durante o regime militar.
Frederico foi o último governador escolhido pela ditadura militar e o segundo a governar o território mato-grossense após a divisão que deu origem a Mato Grosso do Sul.