Coronavírus: Estado de SP registra 197 novas mortes em 24 horas

Já são 54.286 casos confirmados da doença no estado.

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O número de mortes pelo novo coronavírus no estado de São Paulo subiu para 4.315 nesta quinta-feira (14), segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Foram 197 novos óbitos registrados em 24 horas, o que representa aumento de 5% em relação ao dia anterior, quando o estado ultrapassou a barreira dos 4 mil mortos pela doença.

No total, já são 54.286 casos confirmados da doença no estado. Foram 3.189 novos casos em 24 horas, o que representa aumento de 6% em relação ao dia anterior.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, já são praticamente 10 mil pacientes internados com suspeita ou confirmação de Covid-19 na rede hospitalar. São 3.884 pessoas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 6.110 em enfermarias (9.994 no total).

A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado é de 69%, mas já chega a 85,5% na Grande São Paulo. Alguns grandes hospitais da capital já atingiram a capacidade máxima.

"Eu quero chamar atenção pra isso: nós temos 4.315 óbitos pra 54 mil pessoas diagnosticadas, que dá aproximadamente 8%. 8% das pessoas que foram diagnosticadas vieram a óbito e não foi por falta de leitos de UTI, porque isso não está acontecendo no estado de São Paulo. É porque cada dia que passa nós entendemos que a doença é mais grave, o vírus é mais agressivo do que parecia no inicio da pandemia", afirmou em coletiva de imprensa nesta quinta Paulo Menezes, diretor do Controle de Doenças de São Paulo.

Segundo o diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Luiz Carlos Pereira Júnior, a taxa de mortalidade em São Paulo é ainda mais alta considerando apenas pacientes graves. Um em cada cinco internados em UTI por Covid-19 em São Paulo morre.

"Nos hospitais da administração direta o fato é que nós temos uma faixa de mortalidade em UTI em torno de 20%, o que isso quer dizer? Quer dizer que de cada cinco pacientes que vão para UTI, um paciente não volta para casa", afirmou.

Amanda Perobelli/Reuters 

Isolamento social X colapso na saúde

Menezes também reforçou a importância do isolamento social. "Acho que a gente precisa entender que o isolamento social não é só em função de dar tempo de ter leitos com respiradores, mas é a única coisa que nós podemos fazer para evitar que as pessoas peguem o vírus que causa em uma parte delas uma doença muito grave e que pode vir a óbito, ou causar lesões até irreversíveis com sequelas."

Nesta quarta-feira (13), a taxa de de isolamento social se manteve em 47% no estado e 48% na capital. O rodízio de veículos ampliado e mais restritivo na cidade de São Paulo ainda não resultou em elevação dos índices.

Os valores continuam abaixo da meta estipulada pelo governo de 55% a 60% para reconsiderar a flexibilização do fechamento do comércio não essencial. A taxa ideal de isolamento social estipulada pelas autoridades de saúde para conter o avanço da doença e não sobrecarregar o sistema de saúde é de 70%. Mas o estado nunca atingiu essa meta, registrando a melhor taxa de 59% apenas em alguns domingos.

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