A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autorizou, com regras, o traslado do corpo do indiano Rajan Parakottil, de 54 anos, que morreu em São Luís em decorrência de complicações causadas pela Covid-19, no último sábado (26).
O indiano ficou 43 dias internado, após contrair a variante delta do coronavírus enquanto estava no navio Shandong Da Zhi, de bandeira de Hong Kong, e que foi fretado pela Vale para o transporte de minério de ferro.
O transporte do corpo até a Índia foi autorizada mediante o cumprimento de algumas exigências sanitárias, como acondicionamento em urna funerária impermeável e lacrada durante todo o trajeto. Porém, a Anvisa disse que aguarda o cumprimento de exigências documentais do Governo da Índia.
O tripulante indiano é a segunda vítima confirmada da variante delta no Brasil. A primeira é uma mulher grávida de 42 anos, que veio do Japão, para o norte do Paraná. A mulher morreu em 18 de abril e a morte pela variante foi confirmada no domingo (28), pelo Ministério da Saúde.
O homem estava internado há 43 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular da capital maranhense. A causa da morte não foi divulgada, mas foi confirmada que ocorreu em decorrência da Covid-19.
Rajan deu entrada no hospital no dia 14 de maio, quando chegou a bordo do navio MV Shandong da Zhi no litoral maranhense. Em 22 de maio, ele chegou a ser intubado após uma piora no seu estado de saúde.
Na quinta-feira (24), segundo boletim médico divulgado pela Secretaria de Saúde, o homem seguia internado na unidade e o estado de saúde era considerado grave.