O boletim 'Observatório Covid-19' ,da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado hoje chama a atenção para um dado preocupante com relação a região Nordeste.
O cenário de alerta da Fiocruz traz a análise da ocupação dos leitos de UTI, já que os pesquisadores identificaram que a tendência de queda no número de internados desde o segundo pico da pandemia foi interrompida.
A situação é mais preocupante, segundo o boletim, na Região Nordeste, onde Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe mantém taxas de ocupação perto de 100%.
O estado de Alagoas também voltou à zona de alerta crítico. A mesma situação vive a Bahia. Ambos estão com mais de 80% de ocupação dos leitos.
Maranhão e Paraíba tiveram altas expressivas, o que atinge a uma ocupação de 75% dos leitos para pacientes graves ocupados.
Segundo informações trazidas pela Agência Brasil, entre as capitais, 20 delas mostram ocupação de UTIs acima de 80%: São Luís (95%), Teresina (estimado em torno de 95%), Fortaleza (92%), Natal (96%), Maceió (91%), Aracaju (99%), Rio de Janeiro (93%), Curitiba (96%), Campo Grande (97%), Brasília (96%), Porto Velho (81%), Boa Vista (83%), Palmas (87%), Recife (84%), Salvador (80%), Belo Horizonte (80%), Vitória (80%), Florianópolis (81%), Cuiabá (83%) e Goiânia (87%).
O boletim da Fiocruz analisa que tem se mostrado insuficiente e pouco sustentável a opção frequentemente escolhida por gestores "de somente reagir à expansão da pandemia e relaxar medidas frente a sinais de melhora dos indicadores".
"É fundamental acelerar a velocidade de vacinação da população, em curto prazo, complementando a capacidade de produção pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan com aquisição de mais vacinas. Estima-se que sem a vacinação de pelo menos 70% da população, não se terá o controle da pandemia no país. Enquanto esse objetivo não for atingido, urge que se mantenham medidas rígidas de controle da pandemia e se persiga a queda sustentada de casos, tendo como visão a sua erradicação".(Com informações da Agência Brasil)