A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quarta-feira (11), o uso emergencial do medicamento regdanvimabe para tratamento da Covid-19 leve ou moderada. A droga foi desenvolvida pela biofarmacêutica sul-coreana Celltrion e o pedido foi feito pela subsidiária dela no Brasil.
O regdanvimabe já tem aprovação de uso emergencial de agências de outros países, incluindo dos Estados Unidos e da União Europeia.
A autorização não inclui a venda em farmácias e drogarias, devendo o medicamento ser utilizado apenas nos hospitais em pacientes que não necessitem de suplementação de oxigênio, incluídos em grupos específicos determinados pela Gerência-Geral de Medicamentos da Anvisa. São eles:
- Tenham índice de massa corporal (IMC) ≥35.
Tenham doença renal crônica.
Tenham diabetes.
Tenham doença imunossupressora.
Estejam recebendo tratamento imunossupressor no momento.
Possuam 65 anos de idade ou mais.
Possuam 55 anos de idade ou mais e tenham: 1. doença cardiovascular ou hipertensão; OU 2. doença pulmonar obstrutiva crônica ou outra doença respiratória crônica.
Mais sobre o medicamento
De acordo com a Anvisa, o regdanvimabe é um anticorpo monoclonal, ou seja, um produto biológico produzido em laboratórios e que reproduz anticorpos que ajudam o organismo no combate a alguma doença específica. Contudo, a Anvisa destaca que esses anticorpos não previnem a doença.Ele é aplicado em dose única, por via intravenosa, em pessoas com teste laboratorial positivo para covid-19 e que tenham risco de evoluir para formas graves da doença.
Segundo a diretora relatora, Meiruze Freitas, os resultados dos ensaios clínicos com os anticorpos monoclonais, do tipo “mabes” (do inglês monoclonal antibodies – mAbs), mostraram uma redução dos danos pulmonares, diminuição da viremia (presença de vírus no sangue) e do risco de hospitalização, o que levou agências reguladoras como a norte-americana Food and Drug Administration (FDA) e a europeia European Medicines Agency (EMA), além da Anvisa, a aprovarem esse tipo de medicamento para uso emergencial, em casos específicos.
"Este anticorpo monoclonal atende às expectativas desta agência quanto aos requisitos mínimos de qualidade, segurança e eficácia no contexto do uso emergencial", concluiu Meiruze Freitas.
Com informações do R7