9 coisas que a ciência não sabia e descobriu durante a pandemia - 4. Só medir febre não adianta

Chegou a hora de conhecer melhor como essas mudanças aconteceram — e entender como elas nos trazem mais segurança e certeza de que, um dia, essa crise sanitária vai passar. - 4. Só medir febre não adianta

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4. Só medir febre não adianta

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Outro "protocolo" clássico desde o início da pandemia envolve os termômetros: um funcionário era designado para ficar na frente de estabelecimentos comerciais para medir a temperatura das pessoas que passavam por ali.

No começo, aliás, a medição era feita na testa, mas uma notícia falsa que circulou por redes sociais e WhatsApp apontava que os "raios infravermelho" do aparelho podiam mexer com o cérebro. Isso fez com que a temperatura fosse checada no pulso.

Essa prática, aliás, continua a acontecer em muitas regiões do Brasil, apesar de as evidências científicas terem evoluído. O problema é que essa estratégia não faz sentido e pode deixar escapar muita gente com covid-19. Não é porque a pessoa está sem febre que ela não está com infectada com o coronavírus

Em primeiro lugar, a infecção pelo coronavírus demora alguns dias para dar as primeiras manifestações, como a febre. Nesse meio tempo, a pessoa pode transmitir o vírus para contatos próximos.

Segundo, já se admite há muitos meses que existem outros sintomas possíveis da doença, como diarreia, conjuntivite e perda de olfato e paladar.

Por fim, há uma parcela significativa dos acometidos que não apresentam sintoma algum e, mesmo assim, podem repassar o agente infeccioso adiante.

Os termômetros, portanto, podem reforçar uma falsa sensação de segurança, em que os indivíduos com a temperatura normal acham que estão livres do perigo, quando a realidade é bem mais complexa do que isso.

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