BR? Trabalho em segmento funerário muda forma de ver a vida, diz estudo

27% disseram que passaram a valorizar mais a família e os amigos

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O Grupo Primaveras, de Guarulhos (SP), realizou pesquisa para saber mais sobre a relação dos funcionários com o tema morte. O grupo é responsável por dois cemitérios-parque, um crematório, uma funerária e dois planos de auxílio funeral na cidade. A pesquisa mostrou que 75% dos entrevistados mudaram a maneira de ver a vida depois de trabalhar no segmento. O estudo foi realizado com 200 funcionários. As respostas são múltiplas e espontâneas.

Para 75% dos entrevistados, o trabalho no segmento funerário mudou a maneira de enxergar a vida e de se relacionar com parentes e amigos. Entre esses 75%, 27% disseram que passaram a valorizar mais a família e os amigos; 26% melhoraram o modo de agir e interagir com o outro, com mais tolerância e respeito; 24% passaram a valorizar mais a vida e cada minuto; 15% passaram a encarar a morte com mais naturalidade; 12% tiveram a certeza sobre a morte, revendo estilo de vida e objetivos; 4% perderam o medo de cemitério.

Perguntados sobre o principal medo em relação à morte, 47% responderam que não têm medo; 17% disseram que seria deixar filhos pequenos e desassistidos; 13% responderam que têm medo do tipo de morte e de sentir dor; 10% responderam que é perder pessoas próximas; 5% responderam que tinham medo do mistério da morte e questões espirituais; 4% têm medo de doença antes da morte; 3%, de não realizar sonhos e projetos; e 1% de morrer jovem.

Sobre se os entrevistados têm algum planejamento funerário para a cerimônia de despedida, as respostas foram as seguintes: não tenho (47%), indicação de música (18%), tipo e cores de flores (17%), tipo de cerimônia, objetos, produção (8%), modelo ou cor de roupa (6%), cor e modelo de urna (3%), família decide (2%).

De acordo com a pesquisa, 52% querem ser sepultados, 30%, cremados, e 18% não sabem.

A maior parte dos entrevistados têm entre 30 e 35 anos e de 36 a 41 anos (20% cada). A faixa etária de 24 a 29 anos corresponde a 18%; a de 42 a 47, 16%; de 17 a 23, 11%; de 48 a 53, 9%; de 66 a 71, 3%; de 60 a 65 ? 2%; e acima de 71, 1%.

?É difícil lidar no dia a dia com a finitude e não rever a própria maneira de viver?, diz Jayme Adissi, presidente do Grupo Primaveras e autor do livro ?Quem quer comprar o túmulo??, da Editora Urbana.

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