Cinco universidades federais não poderão receber calouros em cursos considerados de má qualidade pelo Ministério da Educação.
Do total de 270 graduações --das áreas de ciências humanas, sociais aplicadas e afins, além de tecnológicos-- punidas pela pasta, sete são da rede pública.
No ano passado, a punição do MEC afetou 14 cursos de seis universidades e três institutos federais.
Das cinco universidades punidas neste ano, apenas a UFPR (Universidade Federal do Paraná) poderá reverter a medida já no próximo ano.
Isso porque os cursos da instituição punidos, de jornalismo e comunicação social (publicidade e propaganda), apresentaram viés de melhora entre 2009 e 2012.
Ou seja, receberam nota insuficiente nos dois anos, mas mostraram uma evolução positiva (saltaram de um conceito 1 para 2, por exemplo).
As demais, de acordo com as regras definidas pelo MEC, conseguirão reverter a medida apenas em 2015.
As universidades punidas dizem que o resultado está equivocado ou foi provocado por boicote dos estudantes, com entrega da prova em branco.
PESO DO ENADE
A crítica sobre o peso do Enade (55%) na elaboração do CPC (Conceito Preliminar de Curso) também é recorrente entre representantes de instituições privadas.
Em coletiva anteontem, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) rebateu o posicionamento.
Ele argumentou que outros fatores analisados pela pasta corroboram a qualidade duvidosa desses cursos.
Entre as 270 graduações punidas, por exemplo, 90% possuem até 30% de doutores no seu corpo docente.