As inscrições para o concurso público da Polícia Militar do Paraná (PM-PR) com 110 vagas para cadetes começam nesta segunda-feira (12). Conforme o edital, são 90 vagas para cadete PM e 20 vagas para cadete bombeiro militar. As informações são do G1.
Os candidatos devem se inscrever até 17h do dia 10 de setembro, pela página do Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná (NC-UFPR). O edital também está disponível no site.
Conforme o edital, os aprovados devem passar pelo curso de formação de oficiais, com duração de três anos. O salário inicial dos alunos é de R$ 3.213,61. Ao concluir o curso, o aluno é promovido a 2º tenente, com salário de R$ 9.544,44.
É exigido que os candidatos tenham no máximo 30 anos (completos até o primeiro dia de inscrições) e o ensino médio concluído para poder participar do concurso.
Das 110 vagas, 99 são de ampla concorrência (81 para cadete PM e 18 para cadete do Corpo de Bombeiros). As outras 11 vagas são destinadas a candidatos afrodescendentes, sendo nove vagas para cadete PM e duas para cadete bombeiro militar.
O edital prevê que, conforme a Lei Estadual nº 14.804/2005, somente até 50% das vagas podem ser preenchidas por mulheres. Conforme a publicação, "atingido o limite previsto não serão nomeadas candidatas do sexo feminino independente da classificação final obtida no certame".
As provas ocorrem em duas fases:
- Prova classificatória realizada em duas etapas, pelo NC-UFPR: prova de conhecimentos gerais, com 90 questões objetivas, e prova de compreensão e produção de textos, constituída de três questões discursivas.
- Prova eliminatória realizada pela PM: provas de habilidades específicas (PHE) que incluem: investigação social, avaliação psicológica, exame de capacidade física e exame de sanidade física.
'Masculinidade'
Em 2018, o edital de um concurso público com 16 vagas para cadetes previa, inicialmente, a “masculinidade” como um dos 72 critérios da avaliação psicológica. O assunto gerou polêmica.
O critério masculinidade foi descrito no edital como “capacidade de o indivíduo em não se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades, não emocionar-se facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor”.
No edital de 2019, o critério "masculinidade" não é listado entre os quesitos usados para avaliar se os candidatos possuem o perfil pré-estabelecido para o cargo.
Especialistas e entidades se manifestaram contrários ao texto, com o argumento de que o critério era discriminatório e subjetivo.
À época, a PM informou que houve interpretação equivocada do edital, por parte de alguns setores da sociedade e retirou o termo das características analisadas na avaliação. Em uma retificação, 'masculinidade' foi trocada por 'enfrentamento'.
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