Indústria brasileira perde creca de mil vagas de emprego por ano

Em maio de 2014 o resultado foi positivo em 0,13%.

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Nos cinco primeiros meses de 2015, oito municípios do Alto Tietê perderam 1.150 postos de trabalho na indústria, segundo pesquisa divulgada pela Diretoria de Mogi das Cruzes do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) nesta quinta-feira (18). No período, a variação ficou em -1,65%. Nos últimos 12 meses, o saldo é -3,69%, o que corresponde a uma queda de cerca de 2,7 mil postos de trabalho. Os dados são referentes a Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Biritiba Mirim, Guararema e Salesópolis, cidades que integram a Diretoria Alto Tietê do Ciesp.

Em maio, o nível de emprego teve variação de -0,78%, o que significou uma queda de aproximadamente 550 postos de trabalho, segundo o Ciesp. “Infelizmente, esse resultado de maio já era esperado, pois ao contrário de uma esperada recuperação, temos visto a situação se agravar, com mais indústrias interrompendo produção, concedendo férias coletivas e demitindo porque, sem atividade, é difícil sustentar por muito tempo o quadro de trabalhadores. O setor automotivo é um dos que apresenta situação mais difícil e como ele movimenta uma grande cadeia de produtos, em especial, de autopeças, consequentemente muitas outras empresas enfrentam problemas”, avalia José Francisco Caseiro, diretor do Sistema Fiesp/Ciesp no Alto Tietê.

Quando comparados os meses de maio dos anos de 2014 e 2015, o cenário é pior, pois em maio de 2014 o resultado foi positivo em 0,13%.

O desempenho da indústria do Alto Tietê foi pior do que o registrado na Grande São Paulo, que foi de -0,66%, e no Estado, onde o resultado foi de -0,19%. Ao todo, a indústria paulista fechou 17 mil postos de trabalho em maio. “Não se trata de ser pessimista, mas está cada dia mais difícil manter o otimismo diante do que está acontecendo. É temeroso o cenário que se espera para o segundo semestre e, por isso, é preciso insistir que o governo federal adote medidas imediatas para frear essa recessão, caso contrário, teremos mais trabalhadores desempregados e indústrias fechando porque ninguém vai aguentar com férias coletivas ou layoff por muito mais tempo se não houver demanda de produtos”, alerta o diretor do Ciesp Alto Tietê.

Ainda segundo o Ciesp, especificamente em maio passado, o índice do nível de emprego industrial no Alto Tietê foi influenciado pelas variações negativas dos setores de Produtos Têxteis (-2,50%); Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-2,97%); Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-1,86%); e Veículos Automotores e Autopeças (-0,80%), que foram os setores que mais impactaram o cálculo do índice total da região.

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