FGV é a melhor brasileira em ranking de universidades que formam CEOs

Revista inglesa divulgou lista mundial de instituições formadoras de CEOs

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A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é a universidade brasileira mais bem colocada em um ranking mundial das melhores instituições de ensino superior para quem quer se tornar um CEO das maiores empresas do planeta. Publicada na noite desta quarta-feira (4), no horário de Brasília, pela revista britância Times Higher Education (THE), a primeira edição do Índice Alma Mater: Executivos Globais traz no topo a Universidade Harvard, seguida pela Universidade de Tóquio, no Japão. O termo "alma mater", do latim, é usado por pessoas nos países anglófonos para se referir à universidade na qual elas se formaram.

A THE afirma que a metodologia do ranking usou como base a lista de 500 maiores empresas de 2013, segundo a revista Fortune Global. Analisando o currículo dos CEOs, a revista chegou às 100 instituições que mais contribuíram com a formação desses estudantes que vieram a liderar as principais empresas do mundo. Dessa lista, segundo a revista, 5% dos CEOs fizeram algum curso de ensino superior na Universidade Harvard.

Primeira do Brasil e 35ª no mundo, a FGV expediu diplomas de três CEOs que figuram na lista da Fortune Global. As empresas sob o comando deles reúnem uma renda de US$ 222,9 bilhões. O país tem outra instituição na lista: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que ficou na 62ª colocação. Veja a tabela abaixo e o ranking completo.

Antonio Freitas, pró-reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação da FGV, atribui o resultado da instituição à missão de promover pesquisa de ponta, responsabilidade social e distribuição do conhecimento "para o maior número possível de pessoas". Além disso, de acordo com ele, como o Brasil é um país em desenvolvimento e com a maioria de estudantes matriculados em instituições particulares, e muitos deles estudando à noite, "muitos dos executivos brasileiros não fizeram sua graduação em faculdades de excelência, mas consolidaram sua formação nos programas de pós-graduação, quer seja no MBA, no mestrado ou no doutorado".

Freitas afirma que, para escolher uma faculdade, os alunos levam diversos fatores em consideração, como custos, o conteúdo dos cursos e a reputação da instituição. "No fundo, os alunos buscam o retorno do seu investimento em capital humano, que no Brasil é o investimento de maior retorno."

Graduação e pós-graduação

Ao analisar a formação dos líderes das 500 maiores empresas do mundo, a THE apontou que boa parte deles (113) não terminou sua educação com um diploma de bacharelado, e seguiu estudando para obter outros diplomas, como MBA, mestrado e doutorado. Porém, os três primeiros colocados na lista só concluíram a graduação. Entre os dez primeiros, só um deles conquistou o diploma de doutorado.

Além disso, a revista inglesa ressaltou que, considerando os perfis dos atuais executivos da lista, as universidades mais bem colocadas no ranking não são onde eles cursaram a graduação, mas sim os cursos de pós-graduação.

Tomando mais uma vez o exemplo dos dez primeiros CEOs da lista da Fortune Global, nenhum deles tem diploma da universidade que figura no topo do ranking, e só um deles estudou em um das dez instituições mais bem colocadas.

Isso, segundo a THE, acontece no caso dos homens. Metade das dez primeiras mulheres mulheres que hoje atuam como CEOs das 500 maiores empresas do mundo foram alunas de universidades do topo do ranking, como Harvard, Cornell, Northwestern e Yale.

A mulher mais bem colocada na lista da Fortune Global é brasileira. Maria das Graças Silva Foster, CEO da Petrobras, obteve seu bacharelado em engenharia química pela Universidade Federal Fluminense (UFF), fez o mestrado na UFRJ e cursou o MBA na FGV. No ranking, a Petrobras de Maria das Graças ocupa a 25ª colocação.

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