Entenda aqui qual o melhor momento e como fazer para mudar de profissão

O melhor momento para mudar de carreira em busca da realização profissional ou financeira é até os 30 anos

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O melhor momento para mudar de carreira em busca da realização profissional ou financeira é até os 30 anos, momento em que o profissional está no máximo em uma posição intermediária no mercado de trabalho, segundo especialistas. Se as duas profissões, a antiga e a almejada, forem na mesma área, uma pós-graduação ou mestrado podem suprir a defasagem técnica. Caso a mudança seja de área, especialistas consideram fundamental que seja feita uma nova graduação.

Segundo Luis Testa, diretor de marketing do site de recrutamento Catho, antes de realizar a transição é importante que o profissional tenha cautela. ?Se possível, é importante somar o prazer com a remuneração. Para essa mudança, é preciso que o profissional se planeje, ou seja, que tenha uma situação financeira estável e que seus gastos possam ser adaptados à uma nova realidade, já que iniciar em uma nova área muitas vezes exige que o profissional inicie em um cargo menor, com salário menor. Além disso, é preciso verificar quais são as perspectivas dessa nova área e saber claramente por quais motivos deseja mudar?.

?Para planejar uma transição é preciso verificar quais os cursos e conhecimentos que ele precisa ter e partir para a qualificação. Em algumas áreas é possível conseguir essa habilitação fazendo apenas uma pós-graduação, mas é importante saber que o profissional terá que trabalhar em dobro em um curto espaço de tempo para suprir essas carências?, diz a sócia diretora da consultoria de recrutamento e seleção Tegon, Luciana Tegon. Ela diz acreditar ainda que a busca deve ser por algo que o profissional goste de fazer. ?Ele sempre deve pensar na realização pessoal antes da realização financeira, que é uma consequência.?

Motivação

Essa mudança pode ocorrer por falta de motivação, insatisfação profissional ou ausência de desafios. ?É importante identificar se é algo que realmente não possa ser revisto ou algo momentâneo como o ambiente de trabalho, as políticas de reconhecimento da empresa, o andamento do mercado em que a empresa atua e as novas chances que poderão surgir e os benefícios oferecidos?, diz Testa.

Luciana afirma que a transição é mais fácil em áreas correlatas, de uma carreira para outra dentro das áreas de humanas, saúde ou exatas, por exemplo. Uma nova graduação será indispensável quando a mudança for para uma área distinta como de um curso como Direito para uma Engenharia.

Alberto Lopes, gerente da divisão de finanças da empresa de recrutamento Michael Page, foi uma das pessoas que optou pelo mestrado para trocar de área. Engenheiro eletricista por formação, ele apostou em um mestrado de finanças para mudar. Com o apoio da empresa, a transição para o setor financeiro foi possível.

?É mais fácil fazer essa mudança na própria empresa, onde a equipe já sabe a capacidade e conhece o profissional. A migração interna tende a ser mais fácil?, comenta. Para completar a transição, ele afirma que o profissional precisa verificar se tem a capacidade técnica para nova função e procurar completar a formação.

Certeza da mudança

Conforme Luciana, na hora da contratação de um profissional que está tentando fazer a transição na carreira as empresas analisam o nível de conhecimento nessa nova área, quanto tempo o profissional vai demorar para ?ficar pronto? e se vai ter alguém capaz de suprir as necessidades da empresa até lá. Ela afirma ainda que há espaço no mercado para o bom profissional que deseja mudar de área e ele deve procurar empresas que valorizam a formação interna, que gostam de moldar os próprios talentos.

?Esse profissional precisa ter certeza da mudança, saber com clareza quais são as experiências que essa nova área exige e ter certeza de que a empresa em que você está ingressando está disposta a desenvolver talentos nessa área. Após isso, é preciso empenhar ao máximo a energia e trabalhar dobrado para conseguir mais informação no menor tempo?, completa.

Testa afirma que os recrutadores avaliam nos candidatos, além da experiência e formação acadêmica, outras competências e habilidades, tais como capacidade analítica, persuasão, facilidade de relacionamento, proatividade, comprometimento com resultados, comunicação, criatividade e ética. Segundo Lopes, na hora de contratar um profissional mais experiente, os examinadores vão verificar se faz sentido a migração e qual o diferencial desse profissional ? se ele terá como agregar valor à nova área.

Idade máxima

Para Luciana, a transação de carreira deve ocorrer no máximo até os 35 anos. ?Nessa fase o profissional ainda consegue uma posição de analista e tem tempo hábil para viabilizar um plano de carreira. Se a idade for superior, possivelmente ele terá que voltar algumas posições na carreira. Ainda que ele queira, isso será difícil porque as empresas não vão querer contratar um funcionário para uma posição mais operacional com idade mais avançada.?

O gerente da Michael Page diz que seis anos após a graduação, quando o profissional está com cerca de 30 anos, ele já é considerado ?muito especialista? em uma área e esse é o período máximo para definir o que ele vai fazer na carreira. ?Acho que esse é o momento limite, ou o profissional vai se perder no caminho e uma recolocação ficará mais complicada?.

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