Planejado por uma força tarefa que envolve a Polícia Federal, os Correios e o Ministério da Educação, o esquema de distribuição das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai mobilizar integrantes do Exército, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Rodoviária Federal.
A utilização do aparato de segurança foi confirmada ao G1 pelos Correios. "Todos os deslocamentos de provas terão acompanhamento de segurança, de acordo com as possibilidades e abrangência das Instituições de Segurança Pública: Exército, Força Nacional de Segurança Pública e Policia Rodoviária Federal", revelou a assessoria dos Correios.
O Enem foi adiado no começo de outubro depois da notícia do vazamento da prova. O boicote levou o Ministério da Educação a cancelar o contrato com o consórcio e contratar outro operador para a elaboração da nova prova, que deve superar os R$ 140 milhões. Cerca de 4,2 milhões de estudantes vão realizar o exame nos dias 5 e 6 de dezembro. A logística de distribuição dos cadernos de prova será deflagrada a partir da gráfica encarregada da impressão e do Batalhão do Exército em São Paulo, por ar e por terra.
"O fluxo de encaminhamento prevê a saída da gráfica/batalhão do Exercito em São Paulo, transferido pelos modais aéreo e/ou rodoviário até as centralizadoras regionais (organizações militares), unidades distribuidoras e entrega nas unidades de realização das provas, de acordo com a janela de tempo acordada", informou a assessoria dos Correios.
O Ministério da Educação afirma que o custo dessa operação ainda não foi fechado. Mas a assessoria dos Correios argumenta que não haverá limite de gastos: "Essa operação tem caráter estratégico de governo, onde a ECT, juntamente com a Policia Federal, Força Nacional de Segurança Pública e Exército Brasileiro, estão em regime de força tarefa empenhados na realização do Enem 2009. Portanto, os custos da operação serão os necessários para cobrir as despesas do processo."
A distribuição das provas está sendo planejada pela força tarefa e monitorada pela PF, de forma que a segurança, a integridade, a qualidade e a racionalização de recursos, sejam praticadas, diz a assessoria: "A PF está atuando na inteligência, alem do monitoramento de outras fases do processo.
" O número de agentes envolvidos, além de outros detalhes da operação também não foram revelados. Sobre os procedimentos de segurança e as possíveis falhas identificadas na logística do Enem, a Polícia Federal afirma que já enviou um relatório com recomendações ao Ministério da Educação. A PF, no entanto, vai manter em sigilo o número de modificações sugeridas e a natureza das falhas identificadas.