Eu tenho um filho que anda sempre acompanhado e que não gosta de ficar sozinho, ele vive sempre rodeado de amigos e parentes. Eu tenho um filho de riso fácil e que faz amizades por onde passa. Eu tenho um filho que tem 4 irmãs que moram longe e ele ainda não conhece nenhuma delas.
Eu tenho um filho, que vai amar brincar e conhecer suas irmãs. Tenho um filho que está sempre ao meu lado, sou mãe presente, brinco, leio, conto histórias, bolo no chão e desenho com ele, dormimos juntos, comemos juntos, saímos juntos.
Ele não anda só. Nem é sozinho.
Eu não tenho um filho só. Minha casa vive cheia, sempre tem gente, é avô, avó, tios, padrinhos, eu sempre invento tarde de lazer com os amigos dele, ele nunca fica só. E quando por algum motivo eu deixo ele sozinho, logo ele procura alguém pra conversar. Já percebi que ele sente necessidade em estar sempre acompanhado. Eu tenho um filho que ama conversar, que fala pelos cotovelos, que é super curioso, que pergunta tudo e que repara em tudo também.
Eu tenho um filho super espaçoso. Bagunceiro. Que fala alto. Que preenche a casa inteira. Que gosta de correr, cantar, pular e que espalha dinossauros por todo lugar.
Um filho único não é um filho “somente”, longe disso. Nem precisa ser um filho solitário. Mesmo sem a presença dos irmãos, mesmo não tendo nenhum primo, mesmo sendo a única criança da família, meu filho não é só! E eu sempre faço de tudo para ele não se sentir sozinho.
As vezes é difícil carregar esse peso de ter que preencher a vida de um filho com tudo que ele precisa. As vezes a gente não dá conta e está tudo certo! A maternidade não deveria ser uma competição de quem é mais ou menos mãe.