Por Sávia Barreto
O prefeito de Teresina, Dr.Pessoa, postou registro em suas redes sociais de uma série de agendas no sábado em que esteve acompanhado do suplente de vereador, Júnior Macedo e do pré-candidato a deputado federal Thiago Duarte (Republicanos), que tem sido visto como o novo nome apoiado pela gestão para uma vaga na Câmara Federal.
A questão é que Júnior Macedo, suplente do PSD, já anunciou na sexta-feira que irá recuar da licença que tirou do cargo com a ausência dos demais nomes do PSD na Câmara Municipal: Renato Berger está na Semel e Eduardo Dragalana na Semjuv.
Contexto
Sem Berger e Dragalana, e com a licença de Júnior Macedo e Cida Santiago, o suplente Antônio José Lira foi empossado como vereador e desde então assumiu a linha de frente de defesa do prefeito Dr.Pessoa no Legislativo. Com o retorno de Júnior, Lira terá que obrigatoriamente deixar o cargo, que já é alvo de disputas judiciais do próprio PSD e do suplente Allysson Pego.
Por pouco
Por pouco, a agenda de Pessoa com Júnior Macedo não pegou AJL de surpresa. Ele foi avisado por amigos, segundo a coluna apurou, e preferiu não participar do evento para evitar maiores constrangimentos. A tendência é que Lira fosse oficializado como líder de Dr.Pessoa na Câmara de Teresina, papel que ele na prática já vem exercendo por tomar para si a defesa de obras e ações da atual gestão.
Retaliação
Nos bastidores, a ação é vista como uma espécie de retaliação ao vereador Jeová Alencar, presidente da Câmara, já que AJL é Jeová são ligados politicamente.
Jeová corre o risco de perder espaço na Prefeitura e ter seus aliados minados após anunciar apoio a Joel Rodrigues, do Progressistas, para o Senado, e ter organizado a antecipação da eleição da Câmara Municipal, elegendo seu candidato, Enzo Samuel (PDT).
E agora?
A dúvida agora é se AJL ainda será candidato a deputado federal pelo Republicanos ou desfalcará a chapa. A permanência do comando do partido com o grupo de Pessoa passa pela prioridade da eleição de um deputado federal no estado. Além disso, o afastamento de Lira nesse momento, caso seja encarado como retaliação, pode azedar ainda mais a relação do Executivo com a Câmara de Teresina. Quem fará o papel de “batedor” de AJL no Legislativo?