Presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, o ex-deputado Cícero Magalhães, explicitou em conversa com a coluna sobre a dificuldade em se alcançar o consenso em torno da pré-candidatura majoritária de outras siglas que integram a base do Palácio de Karnak no pleito de Teresina, como é o caso de Teresa Britto (PV) e Enzo Samuel (PDT).
Com três nomes postos da legenda: Fábio Novo, Franzé Silva e Merlong Solano, Magalhães deixou claro que o PT não trabalha com nomes que não sejam da legenda, jogando um ‘balde de água fria’ na pretensão dos ‘não-petistas’ de receberem o apoio à disputa pela Prefeitura.
“O PT não trabalha com nomes que não sejam do partido, porque já estamos aí a uns 90 dias da escolha”, cravou.
Magalhães reverbera que a definição quanto ao candidato do PT na capital deve ocorrer até o mês de setembro; ele vê com naturalidade as articulações capitaneadas pelos pleiteantes da sigla, especialmente no que se refere a atração de lideranças e de partidos políticos.
"Os candidatos se movimentarem eu vejo com tranquilidade, é normal cada um buscando se mobilizar dentro de suas estratégias, porque tem critérios, tem pesquisas, tem trânsito entre a base, e lógico, a decisão do partido”, cravou.
Estratégia em nível estadual
Com a primeira etapa do diagnóstico realizado nos municípios concluída, o presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, João de Deus, adiantou em conversa com a coluna alguns dos indicativos apontados para o pleito do próximo ano, entre os quais está a perspectiva de lançar até 120 candidaturas majoritárias e a unificação das legendas alinhadas ao governador Rafael Fonteles (PT) no maior número de cidades possível.
Ademais, João de Deus reverbera que mais 6 ou 7 prefeitos devem se filiar ao PT nos próximos meses, com isso, a legenda chegaria a marca de 50 líderes municipais. Entre as adesões estariam Maninha Fontenele (Luís Correia) e Assis Mãozinha (Piracuruca).
Os dados colhidos com o diagnóstico passarão ainda por uma checagem com os deputados estaduais e federais até serem apresentados ao governador do Piauí.
"A primeira etapa (do diagnóstico) já foi concluída, fizemos com os 200 presidentes dos Diretórios Municipais, por esse diagnóstico teremos 120 candidatos a prefeito, nós temos aí cerca de 20 lideranças novas que votaram no Rafael, votaram no Wellington, nos nossos candidatos a deputado, e também filiação ao PT de alguns prefeitos, 6 a 7 prefeitos, agora estamos fazendo uma checagem com os deputados estaduais, deputados federais, para fechar o diagnóstico e mostrar ao governador Rafael Fonteles", sinalizou.
João de Deus destacou que o PT irá dialogar com as forças políticas da base, buscando uma candidatura única e competitiva nos principais municípios piauienses.
"Sem dúvidas, nossa estratégia é ter candidatura em alguns municípios e fazer alianças noutros, vamos dialogando até onde é possível e definir por uma candidatura solo. Nossa estratégia é dialogar com as forças políticas que apoiaram o governador Rafael Fonteles", complementou.
Cabe indicar que o PT integra uma federação com o PV e PC do B e as decisões políticas também passarão por essas legendas.