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Exclusivo Pegadas descalças são encontradas próximo à casa de suspeito de matar delegado no Maranhão

Uma megaoperação foi montada após o ataque, com envolvimento da Polícia Civil, Polícia Militar, Força Tática, Grupo de Operações Especiais (GOE) e Centro Tático Aéreo (CTA).

Acompanhe a caçada ao suspeito e os detalhes da investigação. | Denis Constantino

A Rede Meio teve acesso com exclusividade ao local onde o delegado Márcio Mendes Silveira foi morto durante o cumprimento de um mandado de prisão na zona rural de Caxias, no Maranhão, na manhã desta quinta-feira (10). A equipe acompanhou a movimentação dos policiais no povoado Jenipapeiro, onde uma base de apoio foi montada para dar suporte às buscas pelo principal suspeito do crime, identificado como Leandro da Silva Sousa, de 31 anos.

Pegadas confirmadas

Durante as buscas, a polícia encontrou pegadas descalças em uma área de mata nos arredores da residência do suspeito. Segundo os agentes que participam da operação, os registros foram feitos em uma espécie de quintal da casa de Leandro e podem ser do foragido, que fugiu descalço levando a arma do delegado após o crime. As pegadas foram confirmadas pela polícia, que agora concentra os esforços de rastreamento em pontos estratégicos da região.

Pegadas descalças perto do local onde o delegado Márcio foi morto | Foto: Denis Constantino

Ação dividida em duas frentes

Segundo apuração da Rede Meio, a operação foi dividida em duas frentes. Uma das equipes, com três policiais civis, foi até a casa do suspeito, feita de taipa e localizada em uma área de difícil acesso, próxima à divisa com o município de Timon. Eles tentaram entrar pela porta dos fundos, quando foram surpreendidos por disparos de espingarda calibre 20. O delegado Márcio Mendes foi atingido no pescoço e morreu ainda na parte externa da residência.

Caminho com pegadas que podem ser de Leandro da Silva | Foto: Denis Constantino

Outro policial foi ferido no braço e no dedo, e um terceiro, atingido na virilha, foi socorrido em estado grave para Teresina. Já a segunda equipe policial havia seguido para a residência do pai do suspeito, com base em informações de que Leandro poderia estar lá. Foi nesse momento que os policiais ouviram os tiros disparados no outro ponto.

Morador socorre policial ferido

O primeiro socorro a um dos agentes feridos foi feito por um morador da região, identificado apenas como Seu Edmundo. Ele ajudou o policial baleado no braço a pedir ajuda. À Rede Meio, ele relatou que conhecia Leandro apenas de vista e que o suspeito levava uma vida aparentemente tranquila no povoado. “Ele passava de manhã pra casa do pai dele, voltava à tarde. Às vezes passava o dia todo quieto, só na casa dele. Nunca vi comportamento estranho, não.”

Histórico do suspeito

Leandro é lavrador, natural de Joselândia (MA), e morava sozinho no povoado onde o crime aconteceu. Contra ele, havia um mandado de prisão por roubo. Moradores da região informaram ainda que ele teria cometido um assalto recente a um morador local. O pai dele também é apontado por vizinhos como envolvido em práticas criminosas, principalmente invasão de terras na região.

Forças mobilizadas

Uma megaoperação foi montada após o ataque, com envolvimento da Polícia Civil, Polícia Militar, Força Tática, Grupo de Operações Especiais (GOE) e Centro Tático Aéreo (CTA). As buscas ocorrem em uma área de mata fechada entre os municípios de Caxias, Timon e São João do Sóter.

“A Polícia Militar foi acionada imediatamente. Guarnições de Timon chegaram primeiro, depois reforços foram enviados de São Luís, Bacabal e demais cidades da região. Toda a estrutura já está montada. Acreditamos que, com o cerco sendo fechado, conseguiremos efetuar a prisão dele o mais rápido possível”, disse o coronel Ricardo Bem à Rede Meio.

Repercussão

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão classificou o ataque como “covarde e brutal”, afirmando que não medirá esforços para capturar o responsável. A Adepol-MA (Associação dos Delegados de Polícia do Maranhão) também se manifestou, dizendo que o assassinato representa uma agressão direta à estrutura da segurança pública do Estado.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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