Misoginia e negacionismo marcam reaparição de Marcelo Queiroga em podcast

Ex-ministro da Saúde ofende secretária do MS, nega eficácia de vacinas e risco de variantes em entrevista à bolsonarista

Negacionismo e misoginia marcam reestreia do ex-ministro da Saúde na mídia de extrema direita. Ao participar de um Podcast apresentado pela ex-atriz Antônia Fontenelle, o médico Marcelo Queiroga (vídeo)insinuou que o Ministerio da Saúde exagera ao fazer alerta sobre  novas variantes de Covid-19 e aproveita a crítica para um ataque de grosseria. "Inclusive tem uma que toda hora fala em variante, que é parecida com a Úrsula, aquela vilã da Pequena Sereia", diz, sob risos da apresentadora. 

Embora não tenha mencionado nomes, neste fim de semana, a secretária de Vigilância Sanitária, a PHD Ethel Maciel, gravou um video com orientações sobre reforço de vacina.Apesar de Maciel ter gravado o vídeo, outras mulheres têm insistido na vacinação como instrumento importante de imunização. É o caso da ministra Nísia Trindade e da primeira dama, Janja da Silva.Esta semana, o MS lançou a campanha de vacinação que tem como protagonista, a apresentadora Xuxa.

Queiroga também afirmou que o Ministério da Saúide estaria deixando vacinas bivalentes irem parar " no lixo por perderem o prazo de validade. Segundo ele, por culpa de "especialistas". O ex-ministro também aproveitou para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro, que adotou postura negacionista durante a pandemia de Covid19. Na época, Bolsonaro náo usava máscaras e desestimulava o uso do acessório, bem como criticava a adoção de medidas sanitárias de proteção,por parte dos governadores. "Bolsonaro era multado no maranháo, em Sáo Paulo e na Bahia. Qual o sentido disso? Só para criar um ambiente de discórdia no país", opina.  Segundo ele, parlamentares teriam lhe afirmado que "passaram toda a pandemia com a mesma máscara"

Em outro momento da participação do médico, ele divertiu-se quando a apresentadora afirmou ter "medo de passar perto da Fiocruz "por ter votado em Bolsonaro e que o Instituto de Pesquisa seria "comunista". Ao final, Fomtenelle declarou que "as paredes ( da Fiocruz)  deviam ser pintadas de vermelho. Diz que tem foto do Che Guevara nas portas. É um horror!"

Queiroga aproveitou o momento de delírio para comunicar que será candidato a um cargo eletivo na Paraíba, sua Terra Natal.

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