Nessa quinta-feira (16), 30 integrantes do Comando Vermelho (CV) foram presos envolvidos com a venda ilegal de medicamentos controlados, como tarja preta, antibióticos e abortivos. A operação executada pela Polícia Civil do Ceará resultou na apreensão de cerca de 200 caixas de medicamento sem origem identificada.
De acordo com as investigações, que tiveram início ainda em 2024, os remédios eram vendidos livremente sem receita médica em feiras livres em Fortaleza e Caucaia, e até mesmo em farmácias.
Conforme informado pelo delegado Rômulo Melo, a venda de medicamentos controlados indevidos passou a ser investigada a partir da análise de celulares apreendidos de criminosos. Com a apreensão desses celulares, foi possível identificar um braço do grupo especializado no comércio ilegal de medicamentos psicotrópicos e abortivos.
"Durante essa interceptação, a gente encontrou um braço desse grupo criminoso que praticava a questão da comercialização de medicamentos psicotrópicos, abortivos, esses medicamentos de uso controlado", explicou o delegado em entrevista à TV Verdes Mares.
REMÉDIOS CONTROLADOS SEM RECEITA
Medicamentos de tarja preta, quando vendidos de forma legal, é exigido a receita fornecida por um especialista. Isso porque esse tipo de medicamento representa uma tendência à dependência ao ser usado de maneira incorreta, assim como, pode afetar o sistema nervoso e causar prejuízos à saúde.
Já os medicamentos psicotrópicos, utilizados em tratamentos como para o tratamento de condições psiquiátricas e neurológicas, são substâncias que atuam no Sistema Nervoso Central, que alteram a função cerebral e podendo modificar o humor, a percepção e o comportamento.
Quando usados de maneira indevida e sem acompanhamento médico podem gerar dependência e causar transtornos como alterações de comportamento, prejuízos cognitivos e overdose.
Os medicamentos abortivos, usados para interromper uma gravidez, também podem representar um enorme perigo para a saúde da mulher, podendo causar hemorragias severas, infecções, choque e, em último caso, levar à morte. O uso só é permitido de forma legal em casos específicos, como risco de vida para a mãe ou gravidez resultante de estupro.