Marido culpa médico após morte da esposa em 6 cirurgias: “Ela foi convencida”

Segundo Renan, Viviane foi diagnosticada com embolia pulmonar poucos dias após as cirurgias e faleceu após passar 22 dias internada em estado grave.

Marido de Viviane diz que ela foi convencida pelo médico a fazer todos os procedimentos de uma vez | Reprodução/Facebook
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O marido da empresária Viviane Lira Monte, de 24 anos, que morreu após passar por seis procedimentos estéticos simultâneos em Sobral (CE), revelou que ela foi convencida pelo médico a realizar todas as cirurgias. Renan Santiago, seu esposo, contou que Viviane inicialmente pretendia fazer apenas duas intervenções: uma redução de mama e uma lipoaspiração no abdômen. No entanto, após a consulta, ela voltou decidida a fazer mais procedimentos porque o médico ofereceu um pacote com um preço reduzido e garantiu que tudo correria bem.

Leia Mais

Segundo Renan, Viviane foi diagnosticada com embolia pulmonar poucos dias após as cirurgias e faleceu após passar 22 dias internada em estado grave. A família acusa o médico de negligência, afirmando que ele induziu Viviane a realizar mais cirurgias do que o planejado.

Pagamento à vista

Viviane havia marcado consulta com outro cirurgião, mas optou por seguir a recomendação de uma amiga e escolher o médico que realizou as cirurgias. Depois de pesquisas na internet, ela decidiu confiar nesse profissional. O marido relatou que o valor cobrado pelas intervenções foi entre R$ 25 mil e R$ 30 mil, mas o cirurgião exigiu pagamento à vista e em espécie, recusando transferência bancária. "Ela saiu de casa para realizar o sonho dela, mas o médico só aceitou pagamento em dinheiro", lamentou Renan.

Viviane passou por uma mamoplastia redutora, lipoaspiração no abdômen, braços, costas, pescoço e uma lipoenxertia glútea. As cirurgias ocorreram no Hospital do Coração de Sobral em 31 de agosto. A operação terminou por volta das 20h, e no dia seguinte, às 11h, Viviane recebeu alta de um médico plantonista.

Primeiros sintomas e agravamento

Renan relatou que Viviane já estava muito debilitada no dia em que recebeu alta, mas o médico assegurou que era uma reação normal após tantas cirurgias. No dia seguinte, ela quase desmaiou em casa, com pressão arterial muito baixa. A situação foi se agravando, e a família foi informada de que seu estado era crítico. "Ele só visitou a UTI no primeiro dia, depois nos abandonou, ligando apenas para nos tranquilizar, enquanto víamos ela piorar a cada dia", desabafou Renan.

Diagnóstico de embolia pulmonar

No dia 2 de setembro, em casa, Viviane começou a apresentar dores no estômago e dificuldades para urinar. Ela também desmaiou e teve falta de ar. Ao entrarem em contato com o cirurgião, ele recomendou que a levassem para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), já que não estava mais em Sobral. Na UPA, foi diagnosticada com embolia pulmonar, uma condição grave causada pelo bloqueio de um vaso sanguíneo no pulmão por um coágulo, impedindo a circulação adequada de sangue.

Diante da gravidade do quadro, Viviane foi transferida para a UTI do Hospital Regional Norte (HRN). Mesmo com o agravamento de sua condição, o cirurgião plástico afirmou à família que a cirurgia havia sido um sucesso e que manteria contato com a equipe médica da UTI enquanto viajava para o Rio de Janeiro, onde residia.

Desfecho trágico

Viviane manteve-se estável até o dia 25 de setembro, quando seu quadro piorou drasticamente. Foi indicada a necessidade de uma cirurgia de emergência, mas antes de ser operada, sofreu duas paradas cardíacas e foi intubada. Infelizmente, ela não resistiu. O médico chegou ao hospital horas antes de sua morte, entrou em contato com a equipe da UTI, mas saiu sem falar com os familiares da empresária. A família agora aguarda a investigação sobre o caso, que levantou suspeitas de negligência e imprudência médica.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES