O Ceará registrou, neste sábado (4), o segundo caso suspeito de intoxicação por metanol. O paciente foi internado no Hospital Regional de Quixeramobim, no interior do estado, após apresentar sintomas compatíveis com contaminação pela substância. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) confirmou que este é o primeiro caso oficialmente notificado até o momento.
Com essa ocorrência, subiu para dois o número de casos sob investigação no estado. A pasta informou que o paciente de Quixeramobim segue em acompanhamento médico, e as equipes de vigilância sanitária estão apurando as circunstâncias da possível ingestão da bebida adulterada.
Caso em Fortaleza ainda sem confirmação
Além do caso confirmado no interior, a Sesa também acompanha informações sobre uma paciente internada em Fortaleza, em hospital da rede particular. O órgão, no entanto, esclareceu que ainda não recebeu notificação oficial sobre a ocorrência.
“A respeito do caso suspeito em Fortaleza, no Hospital Regional da Unimed, a Sesa reforça que não foi notificada oficialmente até as 8h30 deste domingo (5)”, informou a secretaria por meio de nota.
Alerta sobre bebidas adulteradas
A suspeita de novos casos no Ceará ocorre em meio ao aumento das notificações de intoxicação por metanol em todo o país. Segundo o mais recente boletim do Ministério da Saúde, já são 14 casos confirmados e 181 sob investigação, distribuídos em 55 cidades de 15 estados. O consumo de bebidas alcoólicas adulteradas é apontado como a principal causa das contaminações.
As autoridades reforçam o alerta para que a população evite o consumo de bebidas de origem duvidosa, especialmente as vendidas sem rótulo ou fora de estabelecimentos regularizados.
O que é o metanol
O metanol é uma substância altamente tóxica, usada principalmente na indústria química e inadequada para consumo humano. Quando ingerido, pode causar náuseas, confusão mental, tontura, perda de visão e até morte, dependendo da quantidade absorvida.
O tratamento deve ser feito de forma imediata, com uso de antídotos específicos e suporte hospitalar intensivo. Casos suspeitos devem ser comunicados à vigilância sanitária e às autoridades de saúde locais.