Fotógrafo suíço fala da sensação de fotografar sucuris gigantes no MS

Franco Banfi fez registro incríveis em rios na região de Bonito, no sudoeste do estado

Franco Banfi durante registro de sucuri gigante, no rio Formoso, em Bonito — Foto: Daniel De Granville / Photo in Natura | Foto: Daniel De Granville / Photo in Natura
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O fotógrafo subaquático suíco, Franco Banfi fez registro incríveis de gigantes sucuris em rios na região de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Ele contou da experiência corajosa que teve ao se deparar com as maiores cobras do mundo em rios de águas cristalinas daquela região.

Banfi também é biólogo e tem 63 anos, destes 35 de experiência à profissão, ele falou da sensação que sentiu. "A sensação de fotografar uma cobra como essa é incrível! Pessoalmente, ela parece ser mais escura, mas quando chega perto, é possível ver o quão grande essa sucuri é. Em toda minha carreira, essas são as maiores que já fotografei", disse ele ao G1.

Franco Banfi durante registro de sucuri gigante, no rio Formoso, em Bonito — Foto: Daniel De Granville / Photo in Natura

Os registros foram feito durante as expedições que sempre acontecem no inverno, porque esse é o período de acasalamento da espécie, o que torna mais fácil avistá-las.

Banfi debaixo d'água ou em solo firme, fotografou e filmou cobras que chegam a medir 7 metros de comprimento. Ele viralizou na internet por protagonizar uma imagem impressionante: do momento em que ele mesmo fotografa uma sucuri com mais de 200 quilos. A foto de "bastidor" foi feita por Daniel De Granville, que é guia e também responsável por auxiliar esses fotógrafos subaquáticos em rios da região de Bonito.

Fotógrafo suíço Banfi também visitou Amazonas, Pantanal e Fernando de Noronha- Foto: Arquivo Pessoal

Banfi, que sempre vêm a Mato Grosso do Sul, contou que planeja voltar em 2022 e, se possível, reviver a experiência de fotografar os animais.Ele já passou por Bonito, além de Pantanal, Amazonas e Fernando de Noronha.

E Granville, que também é biólogo, disse ao G1 que seu trabalho é garantir tanto a segurança deles quanto a das sucuris, para que elas não se sintam ameaçadas pela presença do homem.

"Deixo bem claro para os fotógrafos que aqui não se deve chegar muito perto das sucuris e muito menos encostar nelas, até por conta da nossa legislação. Caso o animal se sinta incomodado, a expedição termina naquele momento", explicou o biólogo.

Mergulhadores estrangeiros captam imagens subaquáticas de sucuri — Foto: Daniel De Granville / Photo in Natura

Granville reforça que a difusão das imagens das sucuris vem contribuindo para a desmistificação de que se trata de um animal perigoso. E as fotos, que mostram tantos detalhes, ajudam no avanço das pesquisas científicas.

"Depois que começamos a exibir fotos assim, os turistas que vêm a Bonito e região têm mostrado mais interesse e curiosidade em ver de perto esses animais", afirmou.

Inverno melhor época

Sucuris durante acasalamento, em MS. — Foto: Daniel De Granville/Photo in Natura

Na conclusão do fotógrafo, o inverno é a época ideial para fazer as fotos."Por conta das baixas temperaturas nessa época, as noites são frias e, durante o dia, as sucuris costumam sair para tomar sol de manhã e acaba sendo o momento que fica mais fácil para fazer os flagrantes", disse Granville.

Além disso afirma que é preciso ter paciência antes de encontrar os animais, porque eles são discretos, não costumam fazer barulhos e não deixam rastros.

Segundo o biólogo, muitos proprietários rurais, hoje, demonstram orgulho em ter sucuris em suas propriedades.

"Antes, era relativamente comum quererem se livrar destes animais por medo. Hoje, eles nos chamam para mostrar o bicho quando encontram."

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