Atretochoana eiselti ou cobra-pênis é uma espécie rara de anfíbio que pertence à ordem das cecílias e é encontrada no Brasil. Uma de suas maiores peculiaridades é não possuir pulmões e medir cerca de 80 cm de comprimento. Esse é o maior tetrápode sem pulmões conhecido.
Até pouco tempo atrás, pouco se sabia a seu respeito. Os únicos exemplares existentes estavam no Museu de História Natural de Viena, na Áustria, e outro faz parte do acervo da Universidade de Brasília.
Em 2011, durante a construção da usina Hidrelétrica de Santo Antônio que fica no Rio Madeira, Porto Velho, Rondônia, foram descobertos 6 espécimes. Esta nova descoberta contribuiu para um melhor conhecimento da biologia do animal e, além disso, identificar o local de sua ocorrência que, provavelmente, é em todo o Rio Madeira até a região da Bolívia.
A cobra-pênis recebe esse nome por ser semelhante, como observado por alguns, a uma parte da anatomia masculina. É conhecida também como cobra-mole ou cobra-cega.
Características
Assim como as salamandras a cobra pênis não possui pulmões e são aquáticas. Devido a ausência de pulmão, existe a suspeita de que ela consiga respirar pela pele.
Assim como os anfíbios, a cobra-pênis possui a pele sempre úmida. Próximos à pele da cobra pênis, estão os capilares sanguíneos que podem facilitar a respiração através da pele, porém especialistas não descartam que haja também outros meios de troca gasosa, podendo ser realizada na cavidade bucofaríngea ou então pelo intestino, sendo possível também uma respiração cloacal, observada em algumas espécies de tartarugas.
Alimentação
O principal alimento da cobra-pênis são os animais invertebrados. Em alguns casos especiais, como ausência extrema de comida, elas comem outras cobras pênis. Sabemos que algumas cecílias, quando ainda são filhotes, costumam se alimentar a pele da própria mãe. Esse comportamento é chamado de dermatofagia.
Habitat
Seu habitat ainda é muito discutido entre os pesquisadores, de modo geral ela é encontrada em águas quentes e turvas e que possuem correntes como é o caso do rio Madeira, essa correntezas aumentam a oxigenação da água, o que facilita a respiração através da pele, mas esse animal também já foi encontrado no rio Amazonas onde as águas são lentas e sem correntezas.