Encontrar fios de cabelo espalhados pela casa ou notar uma queda maior que o normal ao pentear os cabelos é motivo de preocupação para muita gente. Nessas horas, é comum buscar soluções rápidas, como os polivitamínicos vendidos em farmácias que prometem combater a queda. Embora sejam de fácil acesso e não precisem de prescrição médica, especialistas alertam que a automedicação não é indicada, nem mesmo para suplementos. O uso correto depende de orientação profissional, tanto em relação à dosagem quanto ao tempo de consumo.
Os suplementos podem, de fato, ser úteis em casos de queda de cabelo provocada por deficiências nutricionais, como falta de ferro, vitamina D, vitaminas do complexo B, zinco, cobre e selênio. Não é à toa que muitas fórmulas disponíveis no mercado incluem biotina, antioxidantes como vitaminas C e E, além de minerais importantes para o fortalecimento dos fios. No entanto, somente uma avaliação clínica com médico ou nutricionista, acompanhada de exames laboratoriais, consegue identificar essas deficiências de forma precisa.
Além da dieta desequilibrada, quadros como anorexia, bulimia, cirurgias bariátricas, câncer ou doenças intestinais inflamatórias também podem comprometer a absorção de nutrientes e contribuir para a queda de cabelo. Nesses casos, o tratamento precisa ser direcionado, corrigindo apenas o que falta no organismo, já que o excesso de vitaminas também pode causar problemas. Embora raro, o consumo exagerado de suplementos pode sobrecarregar fígado e rins, além de provocar efeitos indesejados como acne e oleosidade na pele.
Vale lembrar que nem sempre a queda de cabelo está ligada à alimentação. Estresse, alterações hormonais, menopausa, parto, pós-cirúrgico ou hipotireoidismo são alguns dos fatores que podem provocar o problema. Há ainda a alopecia androgenética, conhecida como calvície, que atinge homens e mulheres e está associada à ação do hormônio DHT, que enfraquece os fios até levá-los à queda. Nesses casos, as cápsulas de vitaminas não resolvem, e insistir nesse caminho pode atrasar o início do tratamento adequado.
Outro ponto importante é que suplementos não aceleram o crescimento dos cabelos, mesmo aqueles vendidos em formato de balas de goma com essa promessa. Especialistas reforçam que gastar com essas fórmulas é desperdício, já que o corpo elimina o excesso de nutrientes. Quando há necessidade real, tratamentos dermatológicos específicos podem ajudar, mas devem sempre ser indicados por profissionais de saúde. Em resumo, a melhor forma de cuidar da saúde dos cabelos continua sendo buscar acompanhamento médico antes de apostar em soluções rápidas e pouco eficazes.