Viagra eletrônico ativado por controle remoto: saiba tudo sobre esse método

Um dispositivo eletrônico, criado por um pesquisador brasileiro, se apresenta como uma solução discreta para homens que enfrentam dificuldades de ereção

Homem | Reprodução/Internet
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Um dispositivo eletrônico, criado por um  pesquisador brasileiro atualmente na Suíça, se apresenta como uma solução discreta para homens que enfrentam dificuldades de ereção. Apesar de a disfunção erétil ainda ser um tabu entre homens, acredita-se que 150 milhões deles ao redor do mundo enfrentem esse problema. 

Rodrigo Araújo dedicou mais de uma década de pesquisa ao assunto, culminando no desenvolvimento de um dispositivo discreto destinado a tratar e resolver essa condição.

Como ele funciona?

O CaverSTIM é um neuroestimulador implantado na região pélvica, próximo à próstata e ao osso púbico. Ele opera através do envio de impulsos elétricos controlados para estimular os nervos cavernosos, que são responsáveis pela ereção. Esta tecnologia está sendo desenvolvida como uma alternativa aos métodos tradicionais de tratamento para disfunção erétil, como injeções penianas e o medicamento tadalafila.

Ao ser acionado por controle remoto, o estimulador proporciona estímulos nos nervos que induzem a ereção. Ou seja, quando ele é ativado, os eletrodos começam a enviar estímulos, cumprindo o papel dos nervos que não funcionam na disfunção erétil. Isso leva a pessoa a ter a ereção. Todo o funcionamento é interno, garantindo que não haja nada visível que exponha a condição do paciente. Até mesmo a ativação do dispositivos é bastante discreta. 

Testes e resultados promissores

Atualmente, o CaverSTIM está em fase de testes no Brasil, Estados Unidos e Austrália, com a participação de doze indivíduos no experimento inicial. Os resultados até o momento são promissores, especialmente em pacientes que se submeteram à prostatectomia devido ao câncer de próstata. A próxima etapa do estudo incluirá 150 homens.

A empresa planeja ampliar o uso do CaverSTIM para o tratamento de pessoas com diabetes, lesões medulares e outras condições que causam disfunção erétil. Após a conclusão dos testes, a Comphya pretende submeter o dispositivo aos órgãos regulatórios, com a expectativa de disponibilizar o produto no mercado até 2027.

Por que é tão inovador?

Atualmente, o tratamento mais comum para disfunção erétil envolve o uso de citrato de sildenafila, comercialmente conhecido como Viagra, ou tadalafila, comercialmente conhecido como Cialis. Em 2023, o serviço de saúde britânico distribuiu mais de quatro milhões desses medicamentos, alcançando um número recorde.

Entretanto, cerca de 30% dos homens não respondem a esses medicamentos e necessitam de métodos mais invasivos, como injeções penianas ou próteses, que podem expor o paciente durante o ato sexual.

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