Vai uma geladinha? Saiba como incluir a cerveja na dieta sem engordar

Será possível encaixar a cerveja na dieta e ainda assim conseguir emagrecer?

Cerveja engorda? Segundo especialistas, isso não passa de um mito | Reprodução: Internet
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Quem está de dieta e gosta de uma cervejinha gelada já deve ter escutado que a bebida é inimiga da saúde. Mas, será mesmo que ela engorda? Ou será possível encaixar a cerveja na dieta e ainda assim conseguir emagrecer? Segundo especialistas isso não passa de um mito. De acordo com a nutricionista Rosana Perim, você pode tomar uma sem culpa. Não é um copo ou uma latinha por dia que vão fazer você engordar.

“Na verdade, o que engorda são as comidas que a gente escolhe para comer com a cerveja. Geralmente, as pessoas acabam optando por coisas ricas em gordura e teor de caloria maior, como frituras, pastéis, calabresa”, disse Rosana, que é especialista em nutrição e cardiologia. Mas dá para tomar cerveja sem se preocupar com a barriga? “Dá sim”, explicou a nutricionista para o público que estava na Cevaderia, um espaço no Festival da Cerveja em Campinas para divulgar os conhecimentos cervejeiros.

“Uma latinha de cerveja tem em média 130 calorias. É pouco para uma dieta diária. Mas a pessoa não pode abusar, tomar muitas”, destacou. Calma, você não precisa tirar os petiscos do fim de semana da sua vida. A recomendação da nutricionista é apostar em acompanhamentos menos calóricos. Boas dicas dadas por ela são filé aperitivo, brusqueta, carpáccio e até queijos mais leves, como mussarela de búfula. E, importantíssimo, nunca deixar de lado a atividade física.

De acordo com a nutricionista Flávia Ribeiro, professora do curso de Nutrição da Uninassau Recife, o líquido é basicamente constituído por água, lúpulo, leveduras e malte — na maioria das vezes, de cevada. “Existem algumas cervejas específicas que podem ser feitas com outros cereais. Por exemplo, o trigo e o arroz, e aqui em Pernambuco a gente tem uma fábrica que produz cerveja com macaxeira [mandioca]. Mas ela está longe de ser um ingrediente típico da bebida”, explica.

Contudo, você deve estar se perguntando: e o álcool? Ele é resultado do processo de fermentação dos cereais, feito pelas leveduras. O que também gera gás carbônico, e ajuda a deixar o líquido cheio das bolinhas típicas. Para amenizar as consequências (nada agradáveis) do álcool no dia seguinte, a profissional sugere intercalar com água. “Para cada copo de cerveja, um copo de água. Também indicamos comer boas fontes de carboidratos e proteínas”, afirma.

De onde vem a fama de vilã?

A fama de vilã da cerveja vem dos seus efeitos no organismo. Durante a metabolização do álcool (digestão), o corpo o transforma em açúcar, o que pode acrescentar muitas calorias ao cardápio. “Ainda há, além disso, o carboidrato da cevada”, complementa a especialista. Mas não para por aí. Por ter efeito diurético, a cerveja estimula a eliminação de água pela urina (entendeu por que você vai muitas vezes ao banheiro depois de bebê-la?). Isso faz com que a concentração de sódio no sangue aumente, gerando a retenção de líquidos pelo corpo e a sensação de inchaço nos dias seguintes.

Ademais, a bebida aumenta a produção de insulina no nosso corpo, estimulando a degradação de glicose, que é a nossa principal fonte de energia. Assim, sentimos mais fome em pouco tempo”, alerta a nutricionista. Ela não deixa de destacar os malefícios que uma noite de exageros pode trazer para os treinos. Afinal, o álcool gera sonolência e indisposição, sem contar que potencializa o catabolismo muscular — degradação dos músculos causada pela retirada do glicogênio deles, já que o corpo precisa de mais glicose circulando na corrente sanguínea. Os resultados? Pior desempenho nos exercícios físicos e hipertrofia prejudicada. Por fim, Flávia Ribeiro destaca o efeito neurotóxico do álcool. “Ele libera algumas toxinas em nível cerebral e, aí, a gente fica com aquela bela dor de cabeça. Tudo isso se ela for consumida em grandes quantidades”, diz.

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