O Ministério da Saúde declarou hoje, sexta-feira (12), que mais de 80 milhões de doses da vacina contra o vírus influenza, foram distribuídas aos estados, mas apenas 21 milhões foram aplicadas. A recomendação vale a partir do dia 15 de maio, segunda-feira.
O órgão ampliou a vacinação da gripe para toda a população brasileira acima de 6 meses de idade, pois até então somente as pessoas do grupo de risco que haviam recebido a dose, pelo Sistema Único e Saúde (SUS). A liberação da vacina para todo o público em geral, ocorre antes do encerramento da campanha de vacinação, esperado para dia 31 desse mês.
Em anos anteriores, o governo federal adotava a medida de, inicialmente, priorizar a vacina para pessoas do grupo de risco ou com maior exposição ao vírus, como gestantes, professores, e idosos, deixando o restante da população por último. De acordo com o GF, essa ampliação antecipada atendia a pedidos de estados e municípios. Isso se dá por conta do fato da procura pelos imunizantes estar baixa e os estoques cheios, fazendo a campanha deste ano começar no dia 10 de maio.
De acordo com dados do MS, a meta do governo é conseguir vacinar 90% dos brasileiros. Na capital paulista, as vacinas já estão disponíveis para a aplicação a partir do dia 15 de maio. O Secretário de Saúde, Luiz Carlos, afirmou que “a vacina está disponível para todos os grupos elegíveis e em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS)”. Ele explica também que com o início do inverno o vírus possui mais facilidade de circulação, a vacina ajuda a combater sintomas mais fortes que possam levar a internações hospitalares.
A partir desse momento, os estados e municípios que regerão as estratégias de vacinação de acordo com os estoques e a realidade de cada região. O Brasil já registrou 253 mortes só no início de 2023 até o final de abril, segundo dados do MS.
O QUE É O VÍRUS
O vírus chamado de influenza é o causador de gripe infecciosa aguda, que ataca o sistema respiratório e possui grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos confirmados, A, B, C e D, os primeiros são responsáveis por causar epidemias anuais, o tipo C costuma causas sintomas mais leves, e o D não possui registro de infecções ou doenças em humanos.